Verdão faz as pazes com a vitória
Ansioso, compreensivelmente, o Palmeiras queria mostrar não ter se abalado com a eliminação da Libertadores.
O adversário, na casa verde, era aparentemente o ideal, o lanterna Juventude, prato feito para o líder.
Mas talvez fosse o pior, exatamente por tornar obrigatória a vitória, até por goleada.
Daí o primeiro tempo inteiro ter sido sofrido e sofrível, porque embora o Palmeiras tenha criado ao menos duas chances claríssimas, o gol não saía.
O que só foi resolvido aos 30 segundos do segundo tempo quando Marcos Rocha lançou Rony e ele enfiou a bola no gol entre as pernas do goleiro.
O que deveria ser a abertura de uma chuva de gols, e quase foi com novas chances perdidas, virou o empate, aos 17', no primeiro ataque gaúcho com gol de Parede.
Era para tocar o terror, mas não tocou.
Quatro minutos depois Scarpa bateu escanteio e Zé Rafael cabeceou, com desvio em Murilo, para fazer 2 a 1, diante de quase 40 mil torcedores.
Estava reestabelecida a verdade do jogo e o Palmeiras voltava a vencer desde que ganhou o Dérbi, em agosto, em Itaquera, no dia 13, o número para tirar o país da fossa.
Só o verde do novo uniforme era menos forte que o do líder do Brasileirão, duas rodadas à frente do segundo colocado, seja quem for ao fim desta 26ª rodada.
O Juventude parece condenado a voltar para Série B.
E o Palmeiras está cada vez mais perto de dar a Abel Ferreira o título do Brasileirão que ele ainda não tem.
Placar moral? 5 a 1!
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