Palmeiras reage, empata e mantém gordura

No primeiro tempo em Bragança o Palmeiras poupou titulares e futebol.
Sob ventania no interior paulista, o time pouco fez, embora tenha sido ajudado pela sorte ao ver o goleiro Cleiton fazer gol contra, atrapalhado por Luan, porque ventava contra ele.
O 2 a 0 com gols de Luan Cândido e Artur, aos 24 e 35 minutos, que dava tranquilidade ao Bragantino, passava a ficar sob forte ameaça porque Abel Ferreira certamente usaria os titulares que estavam no banco.

Maurício Barbieri parecia o inverso de Sansão, cuja força bruta estava nos cabelos. O treinador do Braga apareceu de cabeça quase raspada — o rabo de cavalo foi para o brejo.
Confiante, Ferreira voltou com o mesmo time e Barbieri trocou Hyoran por Helinho.
Se a força de um estava no cabelo curto, a do outro está também no crânio, mas na parte de dentro, a tal cabeça fria.
Só aos 15 minutos Dudu, Rony e Gabriel Menino entraram no jogo, nos lugares de Wesley, López e Atuesta, porque o alviverde dominava, mas de maneira estéril.
O líder Palmeiras jogava sob o risco, se não virasse, de ficar apenas quatro pontos acima do Flamengo, caso os cariocas ganhem amanhã do Ceará, no Maracanã, às 11h.
Gustavo Scarpa deu lugar a Zé Rafael, e Tabata a Merentiel, na metade do tempo final.
E na primeira bola de Merentiel, em grande lançamento de Luan, o uruguaio empatou, aos 26': 2 a 2!
A virada parecia inevitável.
Mesmo o empate, consideradas as circunstâncias, era bom resultado e manteria o Palmeiras, no mínimo, cinco confortáveis pontos à frente do rival rubro-negro, embora viesse a significar nova redução da vantagem a cada rodada. Mas gordura foi feita para gastar.
Na cabeça de Dudu, por um triz, a virada não veio, aos 41'. E seria merecido.
E lembremos que o Flamengo perdeu em Bragança, no turno, por 1 a 0.
O Palmeiras terminou o jogo na pressão, louco para vencer.
Não deu, mas não há do que se queixar.
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