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Blog do Juca Kfouri

Palmeiras reage, empata e mantém gordura

Juca Kfouri

03/09/2022 20h56

No primeiro tempo em Bragança o Palmeiras poupou titulares e futebol.

Sob ventania no interior paulista, o time pouco fez, embora tenha sido ajudado pela sorte ao ver o goleiro Cleiton fazer gol contra, atrapalhado por Luan, porque ventava contra ele.

O 2 a 0 com gols de Luan Cândido e Artur, aos 24 e 35 minutos, que dava tranquilidade ao Bragantino, passava a ficar sob forte ameaça porque Abel Ferreira certamente usaria os titulares que estavam no banco.

Maurício Barbieri parecia o inverso de Sansão, cuja força bruta estava nos cabelos. O treinador do Braga apareceu de cabeça quase raspada — o rabo de cavalo foi para o brejo.

Confiante, Ferreira voltou com o mesmo time e Barbieri trocou Hyoran por Helinho.

Se a força de um estava no cabelo curto, a do outro está também no crânio, mas na parte de dentro, a tal cabeça fria.

Só aos 15 minutos Dudu, Rony e Gabriel Menino entraram no jogo, nos lugares de Wesley, López e Atuesta, porque o alviverde dominava, mas de maneira estéril.

O líder Palmeiras jogava sob o risco, se não virasse, de ficar apenas quatro pontos acima do Flamengo, caso os cariocas ganhem amanhã do Ceará, no Maracanã, às 11h.

Gustavo Scarpa deu lugar a Zé Rafael, e Tabata a Merentiel, na metade do tempo final.

E na primeira bola de Merentiel, em grande lançamento de Luan, o uruguaio empatou, aos 26': 2 a 2!

A virada parecia inevitável.

Mesmo o empate, consideradas as circunstâncias, era bom resultado e manteria o Palmeiras, no mínimo, cinco confortáveis pontos à frente do rival rubro-negro, embora viesse a significar nova redução da vantagem a cada rodada. Mas gordura foi feita para gastar.

Na cabeça de Dudu, por um triz, a virada não veio, aos 41'. E seria merecido.

E lembremos que o Flamengo perdeu em Bragança, no turno, por 1 a 0.

O Palmeiras terminou o jogo na pressão, louco para vencer.

Não deu, mas não há do que se queixar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/