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Blog do Juca Kfouri

Com dois golaços, deu Mengo de virada

Juca Kfouri

07/09/2022 23h22

Uma esculhambação, como sempre.

E hoje, diferentemente do que fez ontem, na casa verde, o narrador Oliveira Andrade, a transmissão na TV nem protestou.

Na execução do hino argentino o Maracanã nem tchum.

Menos mal que manteve a mesma falta de educação quando tocou o hino brasileiro. Pelo menos não foi seletivo na cafajestagem.

Está mais que na hora de parar com hinos em campo de futebol, a não ser que seja os dos clubes.

Enfim…

Ah, sim, o Maracanã, antes dos hinos, havia mandado o sociopata tomar caju, o que também não é exatamente um modo civilizado de protestar, embora tenha virado moda e ele mereça.

O jogo que começou 4 a 0, aos 20 minutos estava 4 a 1, porque o Vélez Sarsfield se aproveitou da avenida Rodinei, e do fato de Pablo não agredir a bola, para Lucas Pratto abrir o placar.

Com Reinaldo, do São Paulo, Rodinei pode ser ponta, jamais lateral.

Dorival Júnior deve ter dito para si mesmo: "Bem que eu avisei que não tinha nada ganho, que lembrei do América do México". Exagero.

Nem pelo susto o Flamengo alterou o modo treino diante do modo dignidade dos argentinos.

Só aos 39 minutos, com Dom Arrascaeta, o Flamengo chutou a primeira bola no gol portenho.

A segunda bola, três minutos depois, foi de Pedro, de cabeça, e que cabeça, que cabeçada: 1 a 1, quer dizer, 5 a 1, em cruzamento perfeito de Éverton Ribeiro.

Seria mesmo muito desagradável ir para o intervalo perdendo.

E no vestiário parece que puseram os rubros-negros na tomada. Nos primeiros dez minutos o time criou três chances claras de gol.

Ayrton Lucas, Marinho e Pulgar, aos 62', nos lugares de Filipe Luís, amarelado, Cebolinha, apagado, e Vidal, também amarelado.

De olho no jogo, Felipão sabe que o Flamengo de hoje não será o do dia 29 de outubro, em Guayaquil.

Os cariocas jogavam para o gasto e frustravam o torcedor até que, aos 68', Pedro deu uma caneta sensacional e passou para Marinho estufar a rede argentina. Golaço!

Aí virou festa. De virada, 2 a 1, isto é, 6 a 1, quer mais o quê?

Diego e Varela jogaram os últimos minutos nos lugares de Dom Arrascaeta e Éverton Ribeiro, diante de quase 67 mil torcedores.

Nos acréscimos, Pablo ainda fez 3 a 1, quer dizer, 7 a 1, de cabeça, em passe de três dedos de Marinho, mas estava impedido por milímetros.

A próxima parada do Flamengo é o São Paulo, jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil, com 3 a 1 no placar, na quarta-feira que vem, no Maraca.

O jogo fora de casa, contra o Goiás, no domingo, pelo Brasileirão, será só para cumprimento de tabela.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/