Com bola, coração e a Fiel, Timão na final
No bafo da Fiel, o Corinthians não deixou o Fluminense respirar a não ser em raros momentos, quando Cássio precisou trabalhar.
Enquanto Paulo Henrique Ganso seguia a máxima de Gerson, o Canhotinha de Ouro e, em vez de correr, fazia a bola correr, com rara simplicidade e frieza, o Corinthians ganhava quase todas as divididas e roubava bolas como se tira doce da boca de criança.
E Renato Augusto tentava fazer seu gol de fora da área.
Na primeira vez, chutou nas alturas; na segunda, Fábio fez ótima defesa e na terceira, aos 33 minutos, em passe de Roger Guedes, abriu o marcador e pôs o Alvinegro na frente: 1 a 0.
Gérman Cano, assim como Yuri Alberto, não conseguia jogar, e André fazia muita falta no meio de campo tricolor.
No embate dos treinadores, ao fim do primeiro tempo, Vitor Pereira levava Fernando Diniz no bico, porque seu time anulava o famoso toque de bola das Laranjeiras.
Teria o Corinthians a mesma força física para manter a pressão na etapa final?
Nathan voltou no lugar de Wellington para melhorar a armação carioca.
Era outro Fluminense no começo do segundo tempo, agressivo e dominante.
No chamado jogo de trocação, o embate não era nervoso, era nervosíssimo.
E, aos 15', em cobrança de falta, Arias bateu no travessão de Cássio.
Ganso seguia dando passes preciosos e Willian Bigode entrou no duelo, no lugar de Matheus Martins, para aumentar a pressão ofensiva.
Os cariocas davam o troco na mesma medida do que haviam sofrido e os paulistas pareciam fisicamente desgastados pelo esforço inicial.
De repente, uma sucessão de erros de passes passou a permitir chances para os dois lados e ambos os treinadores se mexeram.
Marrone e Felipe Melo de um lado e Adson, Mateus Vital e Giuliano do outro.
Caio Paulista e Manoel fora, assim como Mosquito, Roger Guedes e Renato Augusto.
Os pulmões prevaleciam sobre os talentos.
E cada vez que Felipe Melo pegava na bola Itaquera vaiava o ex-palmeirense.
No Maracanã, sem merecer, o Corinthians fez o gol do 2 a 2 no fim.
Se o Fluminense devolvesse o empate nos acréscimos seria justo.
Michel Araújo no lugar de Samuel Xavier foi a última troca tricolor.
45.558 torcedores sofriam coisa que sirva no estádio e mais uma vez o Corinthians fazia valer o fator casa, para chegar à sétima final da Copa do Brasil, em busca do tetra contra o Flamengo.
E quem fez o gol no fim foi mesmo o Corinthians de novo, de pé em pé, para brilhar a estrela de Vitor Pereira, com Adson dando o passe final para Giuliano fazer o 2 a 0, 4 a 2 no placar agregado.
Para melhorar, aos 48', o detestado Felipe Melo fez contra um gol ridículo, entre as pernas de Fábio: 3 a 0, 5 a 2. E não se fala mais nisso.
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