Topo

Blog do Juca Kfouri

Timão se segura no G4 em final de jogo angustiante

Juca Kfouri

29/08/2022 23h25

O Corinthians pisou o gramado de Itaquera com 11º de temperatura três pontos atrás do Inter que acabava de ocupar seu lugar no G4.

Precisava vencer para desalojar os gaúchos do quarto lugar, mas tinha o Bragantino pela frente disposto a esquentar o ambiente em jogo franco, como se o frio estimulasse a correria.

Jogo intenso, Arthur teve ótima chance para botar os visitantes na frente, mas foi Mosquito quem abriu o placar, ao pegar de chapa bola chutada por Roger Guedes e desviada na zaga: 1 a 0, aos 30 minutos.

E o Corinthians foi para o intervalo de novo no G4. A permanência colorada não durou mais que quatro minutos, porque o jogo no Beira-Rio terminou às 21h56 e o gol alvinegro saiu às 22h.

Mas tinha ainda o segundo tempo e, acontecesse o que acontecesse, no domingo que vem, ainda em Itaquera, Corinthians e Inter cruzarão os bigodes para decidir este quarto lugar que tem ainda os Atléticos em busca dele, o Paranaense a três pontos, com 39, e o Mineiro a seis.

E o Alvinegro não terá Du Queiroz, suspenso, mas teve Fábio Santos no segundo tempo, porque Lucas Piton se machucou.

Os primeiros dez minutos da etapa final foram disputadas em ritmo bem mais fraco que os 45 iniciais, com a Fiel muito mais animada que o jogo até que, aos 12', em contra-ataque, Du Queiroz carimbou o travessão bragantino.

O Bragantino foi para o tudo ou nada, passou a pressionar, e os espaços começaram a aparecer generosos para os contra-ataques e Yuri Alberto bateu fraco num deles para defesa do goleiro.

Em noite pouco inspirada, Renato Augusto e Roger Guedes saíram, aos 29', para Ramiro e Matheus Vital entrarem.

Não acontecia nada no gramado.

Cuidadoso, Vitor Pereira trocou Mosquito por Cantillo, aos 36', para evitar surpresas desagradáveis.

Mas o jogo era de doer, um perde e ganha danado quando, aos 42', quase Arthur empatou.

Daí Bruno Méndez entrou no lugar de Du Queiroz.

O Corinthians chamava o adversário para seu campo perigosamente diante de mais de 36 mil fiéis que sofriam e gritavam.

Aos 45', Cássio salvou o empate em cabeçada à queima-roupa.

Elementar, meu caro Vitor Pereira em noite de masoquismo explícito.

O Corinthians não conseguia trocar dois passes e tome escanteios.

Não há coração que aguente. Mas aguentou…

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/