João Ricardo mantém o Ceará vivo

Se alguém tinha dúvidas sobre ser a Copa Sul-Americana a segunda divisão continental, a simples comparação entre o que o Flamengo fez ontem em Itaquera, e o São Paulo hoje no Morumbi, as eliminou.

Um festival de erros de passes, uma ausência quase absoluta de emoções, não fossem, no primeiro tempo, duas chances do Ceará, uma salva pela trave, outra pelo goleiro Felipe Alves, e outra do Tricolor, com Léo e defesa no reflexo de João Ricardo nos acréscimos,

Verdade que Rogério Ceni deve ter dado tamanha bronca no intervalo que, no estádio lotado, os são-paulinos voltaram em outra voltagem.

Mas ainda assim com futebol pobre, embora menos aprisionado pelo Vozão como até então. Basta dizer que em 15 minutos o São Paulo provocou cinco escanteios, verdade que sem maiores consequências.

Fato é que o Ceará não passava do meio de campo até que, em contra-ataque, por dois centímetros, Mendoza deixou de fazer o 1 a 0.

Pablo Maia, Nikão e Galoppo foram chamados para substituir Gabriel Neves, Luciano e Igor Gomes, aos 65'.

Seis minutos depois, Nikão recebeu a bola na entrada da área e achou brecha para, em belíssimo chute, fazer golaço improvável: 1 a 0.

O time com a melhor campanha da Copa, 100% de aproveitamento, perdia para o da segunda melhor campanha, sete vitórias e um empate.

E, aos 76', Victor Luís fez pênalti discutível em Calleri que ele mesmo bateu para João Ricardo defender e ainda mandar o rebote a escanteio. Que falta faz Reinaldo nessas horas…

Seria o gol para dar conforto no jogo de volta, no Castelão, na quarta-feira que vem.

Calleri saiu e Éder entrou.

Passado o susto de sofrer o segundo gol, o Vozão passou a considerar a derrota por apenas um gol como bom resultado e tratou de segurar o resultado, com seis minutos de acréscimos, diante de mais de 52 mil torcedores, quando até criou uma oportunidade para empatar.

Colorado substituiu Nestor.

Só o São Paulo segue invicto na Sula. Mas não está garantido nas semifinais.