Furacão ganha de pouco, mas ganha
A vantagem mínima do Furacão, na Arena da Baixada, era não só justa como até poderia ser maior, caso Weverton não tivesse evitado um gol contra de Gustavo Gómez.
A defesa palmeirense sentia a falta da proteção de Danilo e o ataque da armação de Gustavo Scarpa.
E o Athletico até abrir o placar, exatamente na metade do primeiro tempo, com Alex Santana, era mais equilibrado e mais agressivo.
Registre-se o passe precioso do menino Vitor Roque para o gol, depois que Murilo não conseguiu afastar cruzamento da direita.
Flaco López, sem trocadilho, mas com, mais parecia Fraco López, capaz de logo de cara perder a única oportunidade real criada pelo Alviverde.
Nem por isso Abel Ferreira mexeu para o segundo tempo, assim como Felipão, com mais motivos, também não.
Mas, para piorar a situação dos paulistas, aos 50' teve de trocar Raphael Veiga, machucado, por Tabata.
Abel Ferreira perdia pela primeira vez como visitante em sua terceira Libertadores. Mas tinha jogo, muito, pela frente.
Embora leal, o jogo refletia nervosismo em sucessivos erros de passes de ambos os lados.
Aos 63', López deu lugar a Wesley e Rony foi para o meio do ataque.
Era clara, é inexplicável, a intenção atleticana de segurar o 1 a 0, porque não só o placar era pouco como a chance de aumentar a vantagem era clara.
Para agravar a situação paranaense, aos 70', Hugo Moura recebeu o segundo amarelo ao meter a mão na bola depois de sofrer falta não marcada pelo assoprador de apito.
Felipão cuspia maribondos na lateral do campo e também ele foi expulso de campo.
Só dava Palmeiras e quase Rony empatou de calcanhar, embora, em seguida, Vitinho também tenha criado boa chance, ao receber de Vitor Roque, que jogava como se fosse um veterano.
Aos 83', seis mudanças: Mayke, Atuesta e Navarro, nos lugares de Marcos Rocha, Zé Rafael e Rony de um lado e Rômulo, Cuello e Pablo, nos de Cannobio, Vitinho e Vitor Roque.
Nem Rony, nem Vitor Roque deveriam ter sido substituídos, a não ser que estivessem esgotados fisicamente, o que não parecia.
Os gandulas jogavam miseravelmente para ganhar tempo para os anfitriões, vergonha nacional.
Aos 90', Alex Santana deu lugar a Erick para jogar os oito minutos de acréscimos.
Uma vitória é sempre uma vitória, mas o 1 a 0 deixa tudo em aberto para definir o finalista da Libertadores no duelo nacional.
Cittadini ainda entrou no lugar de Fernandinho, aos 95'.
Havia 20 jogos que o Palmeiras não era derrotado fora de casa no torneio continental.
Cuca, que deve explicações à sociedade, talvez esteja dizendo que, de fato, contra dez é mais difícil, porque o Palmeiras pouco criou com um a mais.
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