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Blog do Juca Kfouri

Empate castiga o Flu, que mereceu mais

Juca Kfouri

27/08/2022 20h57

Uma beleza, torcida brasileira!

O Fluminense começou o jogo sem quase deixar o Palmeiras tocar na bola no Maracanã com mais de 40 mil torcedores.

E assim transcorreram os sete primeiros minutos até que Dudu levantou a bola na área tricolor e Rony, antes da marca do pênalti, de bicicleta, de novo, fez 1 a 0 para mostrar que a sólida liderança alviverde é fruto de força mental e qualidade técnica.

Uma bicicleta, diga-se, completa: manopla, farol, placas, motor, freios, espelhos retrovisores, bagageiro e banco estofado. Bicicletaça!

O gol enervou o Tricolor que passou a errar passes e oferecer boas chances para o Alviverde aumentar a vantagem.

Até que, aos 38', Arias bateu escanteio pela direita e Manoel subiu mais que a defesa para enfiar a cabeça na bola e empatar 1 a 1.

Manoel que minutos antes havia impedido outro gol de Rony.

O clássico entre líder e vice-líder cumpria com o prometido.

O 1 a 1 foi para o intervalo e na descida aos vestiários o clima esquentou entre cariocas e paulistas.

Vaiado a cada vez que pegava na bola por seus ex-torcedores, Gustavo Scarpa não estava em noite feliz, mas evitou um contragolpe que seria mortal ao desarmar Cano no início do segundo tempo, que comecou eletrizante.

Nathan no lugar de Matheus Martins e Mayke e Wesley nos de Marcos Rocha e Raphael Veiga foram as primeiras mexidas de ambos os treinadores, aos 15'.

O Fluminense concordava menos com o empate que o Palmeiras, por motivos óbvios.

Havia um maestro em campo, chamado Paulo Henrique Ganso.

Então, aos 26', Abel Ferreira lançou mão de Tabata, Gabriel Menino e López, nos lugares de Dudu, Zé Rafael e Rony.

O Palmeiras, lembremos, terá o Athletico Paranaense pela Libertadores, na Arena da Baixada, na terça-feira.

Com o empate o Flu corria o risco de perder o segundo lugar para o Flamengo que pega o Botafogo neste domingo e, caso vença, ficará a sete pontos do Palmeiras.

Aos 35', um frio percorreu a espinha palmeirense, quando Willian Bigode foi chamado para o lugar de Cano.

No minuto seguinte, Arias fez Piquerez de bobo e bateu cruzado para Ganso atingir a trave de Weverton, em jogadaça.

O Fluminense jogava melhor, merecia a virada e o Palmeiras se virava para segurar o empate.

Fernando Diniz ainda buscou o 2 a 1 com Martinelli no lugar de Nino e com Caio Paulista no de Cristiano.

Como contra o Corinthians na Copa do Brasil a igualdade castigava o Fluminense melhor que o adversário.

Para o Palmeiras ficou de ótimo tamanho.

Quem tem gordura a cozinha como melhor lhe aprouver.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/