Doce para o Mengão, digno para o Timão
É claro que Dorival Júnior e Vitor Pereira não combinaram nada.
Mas ao fim do primeiro tempo parecia que tinham feito um acordo em torno da classificação de quem ganhou o jogo de ida, sem humilhar no de volta.
O que resultou em jogo morno, de boa qualidade, com o Flamengo mais perigoso, mas com o Corinthians capaz também de ameaçar.
O 0 a 0 era confortável para os rubros-negros e decente para os alvinegros.
Restava saber se nos 45 minutos finais o ritmo seria o mesmo.
Renato Augusto veio para o segundo tempo no lugar de Fausto Vera.
Os paulistas voltaram dispostos a mostrar que não havia mesmo acordo algum, mais agressivo.
E foram para cima, com o que deram espaço para o contra-ataque carioca e logo Dom Arrascaeta tomou a bola de Roni e cruzou rasteiro , com três dedos, para Pedro entrar de carrinho e abrir o placar: 1 a 0, 3 a 0 no placar agregado e só restava ao Corinthians perder com dignidade.
Foi assim como se a Gávea dissesse ao Parque São Jorge: "Olhe, estava tudo bem até que você pusesse as manguinhas de fora".
Um monte de jogadores decisivos de um lado contra quase nenhum do outro.
Então, aos 58', Yuri Alberto e Roni saíram para Roger Guedes e Giuliano entrarem.
Aí foi a hora de o Flamengo também mostrar disposição para humilhar se possível fosse, em busca de mais gols.
Bruno Mendez meteu a mão na bola, impediu a progressão de Pedro e acabou expulso de campo, aos 67', com ajuda do VAR.
A única dúvida restante era sobre quem o Flamengo enfrentará na semifinal: Vélez Sarafield ou Talleres? Saberemos amanhã.
Balbuena entrou para evitar uma goleada e Adson saiu.
Arturo Vidal também entrou, no lugar de Thiago Maia, enquanto Cássio se virava para evitar mais gols.
Ao Corinthians restará a lembrança de ter eliminado o Boca Juniors na Bombonera e de uma campanha medíocre com duas vitórias, contra timecos, em dez jogos.
Não que tenha sido decisivo, mas Vitor Pereira errou ao não escalar a dupla de zaga mais experiente, com Gil e Balbuena, embora o treinador tenha justificado as ausências por causa da fadiga de ambos.
De resto, ficou barato e digno, diante de 64 mil flamenguistas e 4 mil corintianos.
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