Adiós, muchachos! Já deu Mengão!

É a tal história, não adianta pressão de torcida, gramado danificado por gosto ou sem querer, cotovelada em começo de jogo para intimidar sem que o assoprador de apito faça coisa alguma.
Nada é melhor que o melhor futebol e a diferença entre Vélez Sarsfield é gigantesca.
Daí Pedro ter aberto o placar aos 32 minutos, com Pedro, oportunista e sútil, ao aproveitar cruzamento perfeito de Léo Pereira, e Éverton Ribeiro ter feito 2 a 0, aos 46', ao aproveitar um passe brilhante de Gabigol.

Minutos antes, em outra jogada dentro da área portenha como se fosse linha de passe, Filipe Luís perdeu gol feito, em passe de Dom Arrascaeta.
Susto mesmo houve apenas um, em cobrança de falta, na trave de Santos — que fez golpe de vista e quase se deu muito mal.
Único time argentino nas semifinais da Libertadores, este Vélez não está à altura de representar uma das melhores escolas de futebol do mundo.
Quando o intervalo chegou, o Flamengo já estava muito perto da final, contra Athletico Paranaense ou Palmeiras e o jogo de volta, no Maracanã, na quarta-feira que vem, já parecia mera formalidade.
A menos, é claro, que o futebol aprontasse daquelas surpresas que só o futebol é capaz.
Cuidado mesmo os brasileiros haveriam de tomar para evitar que os rivais descontassem em violência a diferença técnica.
No começo do segundo tempo até caneta Rodinei distribuiu, o que é divertido, mas nada aconselhável em terreno hostil.
Perdido por dois, perdido por dez, o Vélez tentou pressionar e intimidar, mas deixava espaços para, mais cedo ou mais tarde, o Flamengo aproveitar.
Aproveitou, com serviço de Gabigol, quando Pedro fez o 3 a 0 ao cavar na saída do goleiro, aos 60'.

A Nação já pode comprar passagens para Guayaquil, no Equador, onde, no dia 29 de outubro, um sábado, será disputada a final da Libertadores, no estádio do Barcelona, com capacidade para 52 mil torcedores.
Estará todo rubro-negro ou dividirá com alviverdes, como no ano passado no Centenário, em Montevidéu, Uruguai?
Difícil explicar só mesmo a fase de Gabigol, hoje mais arco que flecha, com participação nos três gols e desperdício de outros dois, escancarados.
Daí restou a Pedro fazer o 4 a 0, ao pegar bola desviada em passe de Vidal, aos 82'.

Gabigol era o melhor finalizador do Brasil. Não é mais. Pedro é.
A primeira página do portal argentino Olé diz tudo:

Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/