A capacidade rubro-negra vence a vontade tricolor
Diferentemente de Fluminense e Corinthians, São Paulo e Flamengo disputaram primeiro tempo eletrizante.
Dom Arrascaeta teve a chance de abrir o marcador, Patrick respondeu em seguida e João Gomes, fez 1 a 0 aos 12 minutos, de cabeça, ao se aproveitar de lançamento extraordinário de Éverton Ribeiro.
Prevaleciam os jogadores decisivos do Flamengo.
Mas o São Paulo não se intimidou e chegou a encurralar o rubro-negro, com momentos de pressão quase insuportável, culminando com bola no travessão em arremate no travessão com desvio de Santos.
Demorou para os cariocas retomarem a posse de bola, para quebrar o ritmo do valente tricolor que compensava a inferioridade técnica com o coração na ponta da chuteira.
David Luiz se machucou e Fabrício Bruno o substituiu no intervalo, assim como Galoppo entrou no lugar de Igor Gomes.
Impetuoso, o São Paulo se mandou e, antes do segundo minuto, tomou um contra-ataque em esticada de bola de Léo Pereira para Pedro que se livrou de Rafinha, de Léo Pelé, e deu para Gabigol perder gol feito, porque a fase é ruim, muito ruim.
Dorival Júnior, ao sentir a pressão, tratou de trocar João Gomes por Vidal, em busca de estabilidade e controle de jogo.
Rogério Ceni respondeu com Luciano no lugar de Patrick, aos 20'.
No minuto seguinte, em novo contra-ataque, armado por Dom Arrascaeta, mas de pé em pé, até que Éverton Ribeiro finalizasse, Jandrei desse rebote no pé de Gabigol que, enfim, fez 2 a 0.
Começava a morrer o sonho tricolor de conquistar a taça inédita, diante de mais de 51 mil torcedores.
Estabelecia-se o óbvio: a diferença entre a vontade são-paulino e a capacidade flamenguista.
Então, aos 26', saíram Gabigol e Éverton Ribeiro para Cebolinha e Victor Hugo jogarem. Como enfrentá-los?
A diferença, senhoras e senhores, é abissal.
Mas, aos 33 minutos, porque o futebol é o futebol, Rodrigo Nestor diminuiu para fazer justiça ao esforço tricolor: 2 a 1, em ótima jogada de Igor Vinicius.
O Morumbi, que só ouvia a torcida carioca cantar, acendeu de novo e o jogo voltou a ficar eletrizante.
Aos 36', eram 15 escanteios contra dois para os donos da casa.
O empate não seria injusto, mas é inegável que, entre tantas qualidades, o Flamengo também sabe sofrer, como se diz modernamente.
Lázaro e Andrés Colorado ainda entraram nos lugares de Pedro e Pablo Maia.
E, aos 48', Cebolinha, da entrada da área, devolveu a tranquilidade para o jogo de volta: 3 a 1, e, jogada toda construída por Dom Arrascaeta.
Não há o que fazer!
O Flamengo está com tudo para disputar o tetracampeonato da Copa do Brasil.
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