No duelo de treinadores gigantes, os Vitor fazem a vitória ao Furacão
Nos bancos, dois dos maiores treinadores da centenária história do Palmeiras.
Em campo um menino de 17 anos chamado Vitor Roque.
No duelo entre Abel Ferreira e Felipão, prevaleceu a marcação do Furacão, que só permitiu duas chances reais de gol ao Palmeiras, uma com Rapahel Veiga e outra com Gustavo Scarpa.
E o Athletico também criou duas grandes chances, ambas com Vitor Roque, a primeira salva por Weverton e a segunda inapelável, com o menino fazendo 1 a 0, aos 35 minutos de jogo.
Abel Ferreira que torceu muito por Felipão quando o brasileiro dirigiu a seleção portuguesa, foi para o vestiário no intervalo dando tratos à bola: o que fazer para ganhar do velho?
Sair atrás e virar não é novidade para o Palmeiras nesta temporada.
E amparado por 39 mil vozes, o Alviverde voltou com a faca entre os dentes para disputar o segundo tempo.
O gramado, artificial, é familiar aos paranaenses não é de hoje e, então, era a bola quem tinha de fazer a diferença.
Impaciente, Abel Ferreira andava pra lá e pra cá na área técnica e Felipão a tudo via com a segurança de quem sabe o que faz e um erro de Zé Rafael quase permitiu o 2 a 0 a Rômulo, em arremate salvo por Piquerez.
Mas, com a mão!
Pênalti!
Aos 12' Vitor Bueno bateu e fez Furacão 2, Periquito 0.
Navarro, Atuesta e Veron imediatamente foram chamados para jogarem nos lugares de Rony, Zé Rafael e Raphael Veiga.
Aos 16', por duas vezes, Danilo quase diminuiu.
O jogo era muito, mas muito interessante.
Ver o Palmeiras correndo atrás de diminuir o prejuízo é coisa raríssima, e o Alviverde corria com criatividade e abnegação.
Na 15ª rodada, o Palmeiras perdia pela segunda vez, e em casa, como na 1ª, para o Ceará.
Já o Furacão assumia a vice-liderança a apenas dois pontos do Verdão e, atrevidamente, ainda sem o grande reforço de Fernandinho.
Gabriel Menino e Gustavo Garcia nos lugares de Mayke e Danilo, aos 25'.
Erick teve a chance do 3º gol.
Léo Cittadini e Pedrinho nos lugares de Canobbio e Hugo Moura e Christian no lugar de Vitor Bueno.
Aos 34', Bento evitou duas vezes o primeiro gol palmeirense, numa delas de Navarro em rebote e, no mesmo minuto, Menino desperdiçou gol imperdível, em passe de Dudu.
Parecia daquelas noites em que a bola verde não queria entrar.
A torcida sofria na casa verde como há muito tempo não acontecia.
Terans e Cirino nos lugares de Vitor Roque e Rômulo, aos 42', o Furacão tem bala para gastar.
Eis que, aos 45', Terans faria o 3 a 0 e Menino o derrubou na entrada da área para ser expulso. Faltavam ainda 7 minutos de acréscimos.
O Athletico sai de São Paulo com uma vitória formidável, em jogo em que o Palmeiras fez de tudo e mais um pouco, mas foi insuficiente.
Bento ainda evitou gol em bola desviada, aos 49'. Não era mesmo noite de a bola entrar depois de 35 finalizações, sete entre as trave
O Brasileirão segue embolado e o Palmeiras perdeu a chance de abrir cinco pontos para o vice-líder.
A torcida reconheceu o esforço e aplaudiu o time ao fim do jogo.
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