Luciano, o visitante indigesto

Não fossem dois pênaltis marcados em seguida, primeiramente para o São Paulo e depois para o Atlético Goianiense, e primeiro tempo em Goiânia teria sido de matar de tédio.
Mas os penais convertidos por Luciano e por Marlon Freitas, aos 24 e aos 29 minutos, deram emoção ao jogo que se arrastava penosamente até que veio o intervalo.

O assoprador de apito distribuía cartões amarelos a granel, dez em 55 minutos de jogos, cinco para o Tricolor.
O meio de campo paulista não criava nem caso e o rubro-negro goiano buscava transições sem intermediação na etapa final, mais animada do ponto de vista da competitividade, ainda paupérrima tecnicamente.
Aos 17', Luciano desempatou de puxeta ao receber passe precioso da cabeça de Jeferson, do Atlético.
Luciano havia feito dois gols em Santiago, pela Sula, e fazia mais dois pelo Brasileirão, um visitante indigesto para dar a primeira vitória são-paulina fora de casa no campeonato.
Para o torcedor tricolor que reclama da queda de rendimento do time no segundo tempo, desta vez não havia por que protestar: a equipe jogava igualmente mal nos dois períodos. Mas ganhava.
Luciano levou o sexto cartão amarelo do São Paulo no jogo e saiu para Rigoni jogar. O artilheiro já tinha deixado seu cartão de visitas no estádio e para o time que o viram nascer profissionalmente no futebol.

Luciano, Diego Costa, Léo, Gabriel Neves, que levou o sétimo cartão, e Rodrigo Nestor estão suspensos e não enfrentarão o Galo, em BH, no domingo.
O que tornará ainda mais difícil que o time de Rogério Ceni volte a vencer fora de casa.
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