Gabigol, vaiado, faz a festa na Vila Belmiro

Há times que jogam e deixam jogar.
Como há os que não jogam e não deixam jogar.
O Santos hoje, na Vila Belmiro tomada, contra o Flamengo, foi diferente: não jogou e deixou jogar.
Impressionante o espaço consentido pelos santistas aos rubros-negros.
Que abriram o placar com Pedro, em jogada de Marinho, completada por Everton Ribeiro, em noite excelente, para Pedro marcar de voleio: 1 a 0, aos 17 minutos. Pedro agradeceu.

Só no fim do primeiro tempo o Santos fez, por duas vezes, o goleiro Santos trabalhar, depois de o Flamengo desperdiçar outras duas chances claras de gol.
Na falta do que comemorar, a torcida se divertia vaiando Marinho, Gustavo Henrique, Thiago Maia, em campo, e Diego e Gabigol, no banco, todos ex-jogadores santistas. Só faltava o Bruno Henrique.
Verdade que para o segundo tempo o Santos buscou marcar um pouco mais a saída de bola carioca, mas sem maior sucesso. De todo modo, tirou aquele conforto de que o Flamengo desfrutava.
Normalmente, quando os jogos chegam aos 15' do segundo tempo as substituições começam.
Hoje, aos 14', Rwan e Bruno Oliveira entraram para Auro e Ângelo saírem enquanto Lázaro substituiu Vitinho, com cãimbras.
O jogo estava devagar quase parando, bem chato, daqueles em que qualquer coisa pode acontecer, inclusive nada.
E, aos 20', Zanocelo bateu falta e Santos aceitou miseravelmente, bem ele que parecia dar segurança à defesa.
Daí vieram Gabigol, Diego e Dom Arrascaeta, no lugares de Marinho, Everton Ribeiro e Victor Hugo.
E em 30 segundos Gabigol tomou cartão ao tirar satisfações com Zanocelo.
Taí, o jogo ficou animado e Ricardo Goulart entrou no lugar de Léo Baptistão.
Para desespero da Vila, Gabigol pegou rebote de João Paulo, em chute de Pedro, e o ex-santista não perdoou: 2 a 1, aos 28'.
Pela oitava vez, em sete jogos, o artilheiro castigava o ex-clube.
Quem mandou vaiar?
Lucas Pires e Carlos Sánchez foram as últimas trocas santistas nos lugares de Zanocelo e Felipe Jonatan.
O zagueiro Pablo parecia querer porque queria que o Santos empatasse, errava seguidas saídas de bola e permitia blitz sucessivas ao ataque alvinegro.
David Luiz substituiu Pedro, aos 46'.

Santos, o goleiro, tem de agradecer a Gabigol porque sua falha será minimizada e não viverá dias de Hugo e Diego Alves como viveria caso o jogo terminasse empatado.
E o Santos, que teria motivos para se animar com o 4 a 0 do Fluminense sobre o Corinthians ao pensar na Copa do Brasil, mostrou ao rival que a Vila já não assusta mais ninguém e ainda quase tomou o 3 a 1, não fosse João Paulo evitar gol de Lázaro, aos 49'.
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