4 de julho de 2012

A noite de 4 de julho de 2012 estava iluminada por uma lua esplendorosa: a chamada lua de São Jorge.
Como cantou Caetano Veloso, com, aqui, três pequenas alterações:
Lua de São Jorge, lua deslumbrante
Azul alvinegro, cauda de gavião
Lua de São Jorge, cheia, branca e inteira
Oh, minha bandeira solta na amplidão
Lua de São Jorge, lua brasileira
Lua do meu coração!
Lua de São Jorge, lua maravilha
Mãe, irmã e filha de todo esplendor
Lua de São Jorge, brilha nos altares
Brilha nos lugares onde estou e vou
Lua de São Jorge, brilha sobre os mares
Brilha sobre o meu amor
Lua de São Jorge, lua soberana
Nobre porcelana sobre a seda azul
Lua de São Jorge, lua da alegria
Não se vê um dia claro como tu
Lua de São Jorge, serás minha guia
Na América de Norte a Sul
Ateus são seres solitários porque não têm o consolo de acreditar na vida depois da morte, nem têm a quem a recorrer nas horas mais decisivas.
Daí, no máximo, acreditarem, se não em Deus, na energia.
E o dia nasceu com energia única em São Paulo no dia 4 de julho de 2012.
Era perceptível, podia até ser cortada com uma faca.
Na região do Pacaembu, então, já nem era energia, era matéria mesmo, dava para pegar com as mãos.
Daí ter chegado a noite com aquela lua a iluminar os dois gols corintianos que derrotaram o Boca Juniors e valeram a conquista da Libertadores pela primeira vez, sem nenhuma derrota em 14 jogos, façanha única até hoje no torneio.

Energia igual só uma vez: no dia 13 de outubro de 1977.
Mas essa é uma outra história, a de São Basílio.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/