Verdão se finge de morto e mata o Cerro
Sabe aqueles torneios de verão que abrem a temporada europeia.
Foi o que pareceu estarem disputando Cerro Portenho e Palmeiras. E na Suíça, tamanho o clima amistoso do jogo na capital paraguaia.
Irreconhecível o Alviverde e nenhuma, nenhuma sensação de que alguma coisa importante pudesse acontecer durante o primeiro tempo inteiro.
Certamente Abel Ferreira tinha alguma surpresa preparada para o segundo. Certamente…
E não deu outra.
O português deve ter perguntado se o time estava em Assunção a passeio ou para jogar a Libertadores.
Aos 13 minutos, em jogada ensaiada depois de escanteio, Raphael Veiga chutou da entrada da área, o goleiro Jean deu rebote e Danilo com o gol à disposição chutou em cima dele, que defendeu com o pé.
Era só o cartão de apresentação.
Porque dois minutos depois Gustavo Scarpa pôs a bola na cabeça de Rony e o Palmeiras já estava na frente: 1 a 0.
Era só o começo do baile.
Porque, aos 24', nova jogada de pé em pé, para conclusão de Rony e só se ouvia a torcida palmeirense nas arquibancadas: 2 a 0.
Hora de poupar e de sacar Dudu, Scarpa e Veiga para Wesley, Veron e Menino brincarem.
Mas o zagueiro Murilo também queria brincar e pegou novo rebote de Jean depois de cabeçada de Gustavo Gómez, chutou à queima-roupa, o goleiro defendeu e em outro rebote Murilo não perdoou: 3 a 0.
O Palmeiras volta para casa com a 19ª partida sem derrota pelo torneio continental fora de casa e manteve 100% de aproveitamento na campanha pelo tricampeonato da Libertadores.
A vaga nas quartas de final está mais que assegurada e o Palmeiras segue mortal.
O primeiro tempo foi só para os paraguaios acharem que o bicho não era tão feio.
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