Tudo faz sentido no governo Bolsonaro
É surpreendente como ainda haja alguém que se surpreenda com os escândalos do governo Bolsonaro.
Um governo que conecta sexo, droga, o próprio governo, e música sertaneja de má qualidade, com dinheiro das prefeituras.
Alguém que diga ter dado fraquejada ao ter uma filha só pode ser cercado por quem não respeita as mulheres, as assediem como fez o presidente da Caixa Econômica Federal.
Alguém que de tão misógino é capaz de fazer as ilações que fez sobre uma das melhores jornalistas do país, razão pela qual acaba de ser condenado em segunda instância, ou que diz não estuprar a deputada por achá-la feia, certamente tem o defenestrado Pedro Guimarães como modelo.
Político cujo patrimônio — e de seus filhos, um vereador, outro deputado e mais um senador —, não se coaduna com a atividade parlamentar, a não ser que se considere rachadinha como emenda, só pode nomear ministro da Educação o tal pastor Milton Ribeiro, vocacionado mesmo para trabalhar no mercado financeiro.
Fã de torturador jamais se comoverá com 670 mil mortes causada pela pandemia para a qual recomendou imunidade de rebanho, ato falho ao se referir ao povo brasileiro como se fosse o seu gado.
Jair Bolsonaro pensa menos no golpe para seguir em férias permanentes, entre motos e jetskis, e mais porque sabe que sua prisão será inevitável assim que perder a imunidade conferida pelo cargo que ocupa.
Votar nele não é mais uma opção política, eleitoral, a menos ruim etc: é questão de caráter.
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