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Blog do Juca Kfouri

Tite não poderia mesmo perder para um técnico português

Juca Kfouri

02/06/2022 09h54

Do lado da Coreia do Sul, o treinador português Paulo Bento, assim como Abel Ferreira, Vitor Pereira, Paulo Souza e Luis Castro.

Do lado do Brasil, Tite em nome dos treinadores brasileiros tão em baixa nos últimos tempos.

Difícil avaliar a diferença entre os técnicos, fácil dizer que a diferença técnica das duas seleções é ainda abissal.

E que a Seleção Brasileira foi capaz de responder com velocidade organizada à correria asiática.

Alex Sandro foi o jogador mais decisivo entre os brasileiros, autor do passe inicial para o 1 a 0 de Richarlison e vítima de dois pênaltis que permitiram a Neymar fazer o 3 a 1.

Ao marcar com firmeza a saída de bola coreana, os brasileiros jogavam em Seul como se estivessem em Brasília, em exibição agradável e eficaz.

O que era 3 a 1 poderia facilmente ser 5 a 1 e aos 70 minutos Tite trocou Richarlison e Casemiro por Vinícius Junior e Fabinho.

Antes Thiago Silva já havia cabeceado no travessão e, depois, Raphinha acertado a trave esquerda do goleiro anfitrião.

Philippe Coutinho e Gabriel Jesus também entraram, nos lugares de Neymar, aplaudidíssimo ao sair, e Rafinha.

No primeiro toque de Coutinho na bola, ao tabelar com Paquetá, ele fez o 4 a 1 para carimbar a goleada que, em três ocasiões, Weverton garantiu com boas defesas.

Já nos acréscimos, Gabriel Jesus, que também havia acabado de entrar, avançou pela direita e marcou belo gol: 5 a 1.

Na segunda-feira será vez de enfrentar o Japão e a experiência deve ser parecida.

Sul-americanos, asiáticos, africanos, temos enfrentado e vencido sem maiores problemas. Os europeus é que são elas.

Mas a qualidade tem permitido um certo otimismo.

E Paulo Bento talvez ache que o colega Tite seja bestial.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/