Dor, revolta e impotência
A informação, ainda não confirmada oficialmente, sobre o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips é avassaladora, embora esperada desde que os dois desapareceram.
Não serão as primeiras mortes na região amazônica pelos mesmos motivos e acontecem não é de hoje.
A novidade nos dias que correm é o incentivo do governo federal à pesca ilegal, ao garimpo ilegal, ao desmatamento com exportação de madeira extraída ilegalmente, às milícias.
Na terra sem lei em que se transformaram os morros, as favelas e as periferias brasileiras, a região amazônica e do Pantanal, a ausência proposital do Estado produz a barbárie.
Lembremos que o psicopata que elogia torturadores, que disse não ser coveiro em plena pandemia, para a qual receitou imunidade de rebanho e desfez das vacinas em nome da cloroquina, é o mesmo que dissemina desconfiança em torno do voto eletrônico para justificar a previsível derrota nas urnas e prega o golpe.
E as Forças Armadas, em vez de colaborarem para tornar, de fato, a Amazônia Legal, se imiscuem onde não é papel delas, na Justiça Eleitoral.
Com o que, os dois bravos humanistas são chamados de "aventureiros" pelo psicopata.
O Brasil precisa reagir mesmo que já se faça tarde. Muito tarde.
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Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/