Vinícius Júnior e Courtois dão a 14ª Orelhuda ao Real Madrid
O Stade de France viveu sua noite de Defensores del Chaco, Monumental de Núñez ou Maracanã, e vergonhosamente atrasou 37 minutos o começo da decisão da Champions.
A UEFA em jornada digna de Conmebol.
Invasão de torcida, violência policial, gás de pimenta, as autoridades francesas pareciam paraguaias, argentinas ou brasileiras.
Quando o jogo começou, em 20 minutos, Salah e Mané viram Courtois evitar três gols, um deles com ajuda da trave.
O Liverpool jogava no ritmo dos Beatles e o Real Madrid no de bolero.
O esquadrão merengue parecia reconhecer a superioridade dos Reds e confiar numa bola esticada — e na em sua incrível capacidade de suportar a dor e sobreviver.
O 0 a 0 não exprimia o primeiro tempo e os madridistas, inteligentes e sem complexo de inferioridade, hão de entender que os 43 minutos iniciais do time do clube mais vitorioso do mundo foram dignos de um Ninguém FC.
No 43º minuto, num rebu na área inglesa, Benzema, sempre ele, abriu o placar, mas depois de longos dois minutos o VAR anulou o gol por impedimento do francês.
Seria mesmo a prova provada de que o Real Madrid é capaz de coisas que até o rei de Espanha duvida.
E passou a duvidar ainda mais quando, aos 59 minutos, ao se aproveitar de chute cruzado de Valverde, Vinícius Júnior entrou pelas costas de Alexander-Arnold e abriu o placar: 1 a 0.
A 14ª Orelhuda dizia novo alô para a sala de troféus do Santiago Bernabéu e a 7ª dava tchau para Anfield.
Courtois seguia como o melhor em campo, mas, lembremos, ele é muito bem pago para isso.
Campeão das duas Copas britânicas, vice-campeão inglês a um ponto do City, o Liverpool ia ficando com mais um vice, por um gol, na única finalização espanhola entre as traves.
Casemiro teve a chance do 2 a 0, aos 75', e errou ao preferir tocar de lado para dois madridistas.
Courtois mais uma vez, e mais outra, impediu o empate.
Se há um clube realmente inacreditável, em todos os sentidos, no Planeta Bola este se chama Madrid!
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