O futebol brasileiro discute fazer a Liga que não dá liga
Mais uma vez os clubes brasileiros discutem a formação de uma Liga para gerir o Campeonato Brasileiro e deixar a Seleção nas mãos da CBF, como já se faz em quase todo mundo.
Discutem, mas os grandões não querem abrir mão de seus privilégios para uma divisão mais equânime do dinheiro gerado pela transmissão dos jogos, como se faz na Inglaterra onde 50% é dividido igualmente por todos, 25% de acordo com os resultados de cada e os outros 25% segundo suas audiências.
De um lado, Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco, os cinco clubes mais populares do país, além de Santos, Cruzeiro, Bragantino e Ponte Preta, nove clubes em torno da Libra, a Liga Brasileira de clubes.
Do outro lado, 31 clubes que não concordam com a proposta dos nove sobre a distribuição do dinheiro, que limita a 40% o que seria dividido igualmente.
Desses 31 clubes, 23 formam o movimento Forte Futebol e têm a Lei do Mandante como aliada para negociar em posição de força, porque cada clube é dono dos 19 jogos que disputa em casa.
Ou os mais poderosos repartem melhor os anéis ou ficarão todos chupando os dedos,
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 10 de maio de 2022.
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