Do bispo Sardinha ao técnico Pereira
Vitor Pereira deu o primeiro treino no Corinthians no dia 28 de fevereiro.
De lá para cá, nem dois meses completos, comandou o Corinthians em 12 jogos, venceu cinco, empatou dois e perdeu outros cinco.
Das cinco derrotas, quatro em clássicos, duas vezes para o São Paulo e outras duas para o Palmeiras.
Para piorar, perdeu também na estreia da Libertadores para os bolivianos do Always Ready na altitude e se vê hoje na obrigação de ganhar do Boca Juniors, em Itaquera.
Se inferno astral existe é o que o treinador lusitano está vivendo desde que chegou a São Paulo, sem tempo para treinar, com jogos a cada três dias e poucos deles de menor responsabilidade.
Se não bastasse, Pereira não estará no banco corintiano nesta noite, porque pegou covid.
Para pegar um avião e nunca mais querer saber do Brasil não custa.
Porque falta de sorte pior só mesmo do conterrâneo dele, o bispo Dom Pero Sardinha que, segundo se conta, teria sido comido pelos Caetés em 1556.
Vitor Pereira está sendo engolido pelo selvagem calendário do futebol brasileiro.
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 26 de abril de 2022.
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