Palmeiras segue absoluto e…chato!
Se o São Paulo planejou fazer com o Palmeiras, no Morumbi, o que havia feito com o Corinthians, não deu certo. Ao contrário.
Quem pressionou no começo do Choque-Rei foram os visitantes que atingiram a trave com Wesley aos 8 minutos e abriram o placar aos 10, com Rony cabeceando outra vez na trave e a bola batendo nas costas do azarado Tiago Volpi antes de entrar.
1 a 0 e mais de 70% de posse de bola alviverde.
Claro que daí em diante o São Paulo foi à frente, equilibrou o jogo, mas pouco perigo levou, ao contrário do Palmeiras que quando contra-atacava era sempre ameaçador.
Quando o intervalo chegou estava claro por que o Palmeiras lidera o Paulistinha e é o único invicto no campeonato.
E no vestiário tricolor Rogério Ceni há de ter puxado as orelhas de quem deu tanta liberdade para o cruzamento de Marcos Rocha e para o cabeceio de Rony.
Ainda antes do fim do primeiro tempo o São Paulo trocou Diego Costa, machucado, por Reinaldo.
O segundo tempo corria como esperado: Tricolor com a bola, Alviverde fechado à espera do contra-ataque.
Dá certo para o time de Abel Ferreira, mas é chato.
Como, no entanto, o ataque Tricolor não conseguia nada mais consistente contra a defesa alviverde, Ceni recorreu a Luciano e Marquinhos, nos lugares de Éder e Igor Gomes, aos 14'.
Porque Weverton não trabalhava, ao contrário de Volpi.
Só aos 18', em cobrança de falta de Rodrigo Nestor, o goleiro palmeirense teve de defender e duas vezes, porque também no rebote de Calleri.
Dois minutos depois, Gabriel Sara pediu para sair e Patrick entrou no lugar dele.
O São Paulo pressionava, Weverton fazia cera e Abel Ferreira, aos 24', resolveu fazer três trocas, com as saídas de Zé Rafael, Dudu e Wesley, para Jailson, Breno Lopes e Gabriel Veron jogarem.
Aos 30', Marquinhos acertou o travessão palmeirense e o São Paulo fazia por merecer o empate.
Em seguida foi a vez de Atuesta substituir Raphael Veiga, no bolso de Pablo Maia.
O Palmeiras é o favorito para ganhar outra vez o Paulistinha, mas desse jeito avarento, ajudado também, hoje, pela expulsão de Rafinha, aos 36'.
Há quem goste, porque ganhar sempre é bom.
Mas o futebol não está à altura do elenco alviverde, mesmo com um jogador a mais, incapaz de ser ofensivo.
Rafael Navarro ainda entrou no lugar de Rony no fim.
No fim de mau segundo tempo, quase um porre diante de mais de 46 mil tricolores.
A torcida fez a parte dela, o time nem tanto.
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