Topo

Blog do Juca Kfouri

Palmeiras segue absoluto e…chato!

Juca Kfouri

10/03/2022 22h25

Se o São Paulo planejou fazer com o Palmeiras, no Morumbi, o que havia feito com o Corinthians, não deu certo. Ao contrário.

Quem pressionou no começo do Choque-Rei foram os visitantes que atingiram a trave com Wesley aos 8 minutos e abriram o placar aos 10, com Rony cabeceando outra vez na trave e a bola batendo nas costas do azarado Tiago Volpi antes de entrar.

1 a 0 e mais de 70% de posse de bola alviverde.

Claro que daí em diante o São Paulo foi à frente, equilibrou o jogo, mas pouco perigo levou, ao contrário do Palmeiras que quando contra-atacava era sempre ameaçador.

Quando o intervalo chegou estava claro por que o Palmeiras lidera o Paulistinha e é o único invicto no campeonato.

E no vestiário tricolor Rogério Ceni há de ter puxado as orelhas de quem deu tanta liberdade para o cruzamento de Marcos Rocha e para o cabeceio de Rony.

Ainda antes do fim do primeiro tempo o São Paulo trocou Diego Costa, machucado, por Reinaldo.

O segundo tempo corria como esperado: Tricolor com a bola, Alviverde fechado à espera do contra-ataque.

Dá certo para o time de Abel Ferreira, mas é chato.

Como, no entanto, o ataque Tricolor não conseguia nada mais consistente contra a defesa alviverde, Ceni recorreu a Luciano e Marquinhos, nos lugares de Éder e Igor Gomes, aos 14'.

Porque Weverton não trabalhava, ao contrário de Volpi.

Só aos 18', em cobrança de falta de Rodrigo Nestor, o goleiro palmeirense teve de defender e duas vezes, porque também no rebote de Calleri.

Dois minutos depois, Gabriel Sara pediu para sair e Patrick entrou no lugar dele.

O São Paulo pressionava, Weverton fazia cera e Abel Ferreira, aos 24', resolveu fazer três trocas, com as saídas de Zé Rafael, Dudu e Wesley, para Jailson, Breno Lopes e Gabriel Veron jogarem.

Aos 30', Marquinhos acertou o travessão palmeirense e o São Paulo fazia por merecer o empate.

Em seguida foi a vez de Atuesta substituir Raphael Veiga, no bolso de Pablo Maia.

O Palmeiras é o favorito para ganhar outra vez o Paulistinha, mas desse jeito avarento, ajudado também, hoje, pela expulsão de Rafinha, aos 36'.

Há quem goste, porque ganhar sempre é bom.

Mas o futebol não está à altura do elenco alviverde, mesmo com um jogador a mais, incapaz de ser ofensivo.

Rafael Navarro ainda entrou no lugar de Rony no fim.

No fim de mau segundo tempo, quase um porre diante de mais de 46 mil tricolores.

A torcida fez a parte dela, o time nem tanto.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/