Palmeiras não dá a mínima bola para o Santos
Foram 45 minutos com a sensação de que o gol do Palmeiras sairia a qualquer momento, tamanho o predomínio alviverde, não exatamente como o time gosta, mas como o Santos permitia.
Curiosamente, no entanto, a chance mais clara de gol havia saído da cabeça de Ricardo Goulart, na trave de Weverton.
Até que o zagueiro uruguaio Emiliano Velázquez, que já deveria ter sido expulso ao quase arrancar a cabeça de Rony, quase arrancou a de Kuscevic, dentro da área.
Fez pênalti, levou cartão vermelho e Raphael Veiga marcou 1 a 0 em sua 19ª cobrança de pênalti bem-sucedida com a camisa verde.
Pronto! O que deveria estar 3 a 0 estava 1 a 0 e o segundo tempo seria disputado com 11 contra 10.
Será que o Palmeiras faria como sempre e daria a bola ao rival ou trataria de goleá-lo.
A posse de bola dos donos da casa era de nada menos de 72%.
Uma derrota digna já seria uma bênção para o Santos.
Nos primeiros 5 minutos do segundo tempo o Palmeiras criou mais duas chances claras de gol, aos 10' criou a terceira e o Santos agradecia aos céus os detalhes que impediam o segundo gol.
Mayke se machucou e Marcos Rocha o substituiu para o domínio prosseguir sem surpresas.
Aos 20' saiu o veterano Ricardo Goulart para o menino Marcos Leonardo jogar, logo depois de Zé Rafael quase fazer o 2 a 0, que de tão maduro perigava apodrecer.
Então, Zé Rafael saiu, Atuesta entrou, assim como Wesley no lugar de Gustavo Scarpa.
O segundo tempo chegava à metade, o Palmeiras não ampliava e o Santos segurava a derrota digna, sabe-se lá como.
Verdade que, deferentemente do acontecido no Choque-Rei, o Palmeiras não corria o menor risco, só não conseguia fazer mais gols e mantinha 68% de posse de bola.
Enfim, jogo de um time só, ataque contra defesa, ataque reforçado por Deyverson e Rafael Navarro, aos 33', porque já que faltava um centroavante, Abel Ferreira resolveu botar dois de uma vez só.
Veiga e Rony foram descansar para o Dérbi de quinta-feira, quando o Palmeiras receberá o Corinthians.
Dizer que o único time invicto no Paulistinha, líder disparado na classificação geral, seis pontos a mais com um jogo a menos que Corinthians e São Paulo, não jogou bem, seria injusto.
Mas, sempre tem um mas, com um jogador a mais era obrigatório ter vencido por diferença maior, diante de mais de 38 mil esmeraldinos.
E não é que, aos 45', Pirani, que acabara de entrar, assustou Weverton?
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