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Blog do Juca Kfouri

Palmeiras não dá a mínima bola para o Santos

Juca Kfouri

13/03/2022 20h26

Foram 45 minutos com a sensação de que o gol do Palmeiras sairia a qualquer momento, tamanho o predomínio alviverde, não exatamente como o time gosta, mas como o Santos permitia.

Curiosamente, no entanto, a chance mais clara de gol havia saído da cabeça de Ricardo Goulart, na trave de Weverton.

Até que o zagueiro uruguaio Emiliano Velázquez, que já deveria ter sido expulso ao quase arrancar a cabeça de Rony, quase arrancou a de Kuscevic, dentro da área.

Fez pênalti, levou cartão vermelho e Raphael Veiga marcou 1 a 0 em sua 19ª cobrança de pênalti bem-sucedida com a camisa verde.

Pronto! O que deveria estar 3 a 0 estava 1 a 0 e o segundo tempo seria disputado com 11 contra 10.

Será que o Palmeiras faria como sempre e daria a bola ao rival ou trataria de goleá-lo.

A posse de bola dos donos da casa era de nada menos de 72%.

Uma derrota digna já seria uma bênção para o Santos.

Nos primeiros 5 minutos do segundo tempo o Palmeiras criou mais duas chances claras de gol, aos 10' criou a terceira e o Santos agradecia aos céus os detalhes que impediam o segundo gol.

Mayke se machucou e Marcos Rocha o substituiu para o domínio prosseguir sem surpresas.

Aos 20' saiu o veterano Ricardo Goulart para o menino Marcos Leonardo jogar, logo depois de Zé Rafael quase fazer o 2 a 0, que de tão maduro perigava apodrecer.

Então, Zé Rafael saiu, Atuesta entrou, assim como Wesley no lugar de Gustavo Scarpa.

O segundo tempo chegava à metade, o Palmeiras não ampliava e o Santos segurava a derrota digna, sabe-se lá como.

Verdade que, deferentemente do acontecido no Choque-Rei, o Palmeiras não corria o menor risco, só não conseguia fazer mais gols e mantinha 68% de posse de bola.

Enfim, jogo de um time só, ataque contra defesa, ataque reforçado por Deyverson e Rafael Navarro, aos 33', porque já que faltava um centroavante, Abel Ferreira resolveu botar dois de uma vez só.

Veiga e Rony foram descansar para o Dérbi de quinta-feira, quando o Palmeiras receberá o Corinthians.

Dizer que o único time invicto no Paulistinha, líder disparado na classificação geral, seis pontos a mais com um jogo a menos que Corinthians e São Paulo, não jogou bem, seria injusto.

Mas, sempre tem um mas, com um jogador a mais era obrigatório ter vencido por diferença maior, diante de mais de 38 mil esmeraldinos.

E não é que, aos 45', Pirani, que acabara de entrar, assustou Weverton?

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/