O favoritismo é uma quimera
Querida ouvinte, caríssimo ouvinte, o que é uma quimera?
Uma quimera é uma fantasia, um devaneio, uma ficção, uma utopia.
Assim como o favoritismo no futebol.
Existe só como projeção, para muita vezes virar pó na prática.
Quer ver?
No sábado, o Inter, da Série A brasileira, recebeu, como favorito, o rival Grêmio, da Série B.
É claro, em clássico, em Gre-Nal, tudo pode acontecer.
Mas o jogo terminou em acachapantes 3 a 0 para os visitantes gremistas, praticamente eliminando o Colorado das finais do Gauchinho.
O favoritismo virou chimarrão.
No domingo, o Real Madrid, 15 pontos à frente do Barcelona no Campeonato Espanhol, recebeu o rival no Santiago Bernabéu.
Era tão favorito que mesmo a ausência de Benzema não preocupava.
Pois levou de 4 a 0 dos catalães, quase de cinco, um baile histórico.
O favoritismo virou sangria.
Mesmo o Flamengo, que confirmou o favoritismo dele diante do Vasco ao vencer de novo por 1 a 0, e se classificar para as finais do Carioquinha, não foi capaz de prevalecer como time de Série A contra outro da B. Na verdade, o empate teria sido mais justo.
Sim, o favoritismo é uma quimera como a felicidade é uma borboleta: quanto mais você a persegue, mais ela se esquiva.
Comentário para o Jornal da CBN desta segunda-feira, 21 de março de 2022.
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