Galo vira na maldade com Ademir

Que o Galo é muito melhor que o Cruzeiro nem o mais fanático dos cruzeirenses há de negar.
Com o Mineirão tomado pela imensa maioria atleticana, então, nem se fala.
E os primeiros minutos do clássico mineiro pareceram anunciar um massacre, com três claras chances de gol, uma delas desperdiçada por Hulk sem goleiro.
O Cruzeiro, ciente de sua inferioridade, resistia como podia e, aos poucos, conseguiu sair do sufoco.
Aí, no segundo tempo, quando o Atlético era todo pressão, Bruno José cruzou na cabeça do menino Vitor Roque, de 17 anos, que abriu o placar: Cruzeiro 1 a 0 e pavor no campeão Brasileiro, sob os olhos de Ronaldo Nazário no estádio.
Não demorou muito e Hulk, com o dobro e um ano a mais de idade, cabeceou para empatar e encontrou o travessão pela frente.
Como se sabe, bola na trave não altera o placar, como canta o cruzeirense Samuel Rosa.
Mas gol de pênalti altera e, aos 39 minutos, Hulk empatou ao cobrar o penal que ele mesmo sofreu, cometido por Oliveira: 1 a 1.
Nos acréscimos, Ademir, que joga muito, recebeu de Hulk e o goleiro Rafael Cabral evitou a virada, diante de mais de 53 mil torcedores que viram excelente segundo tempo.
Mas, aos 52', Ademir aproveitou o cruzamento de Arana e virou: 2 a 1!
Que maldade!
Na verdade, nem o Flamengo se impôs sobre o Vasco nem o Atlético sobre o Cruzeiro em jogos de times da Série A contra times de Série B.
Sabe por quê?
Porque clássico é clássico e vice-versa.
Mas os dois da Primeira Divisão venceram porque um tem Dom Arrascaeta e o outro tem Ademir.
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