Abel Ferreira e Leila Pereira na berlinda
Já começou o que era esperado caso o Palmeiras não trouxesse o título inédito.
A presidenta da clube é acusada de não ter aberto o cofre e contratado um centroavante.
O treinador lusitano de jogar na retranca e deixado o menino Endrick de fora.
Voltassem com a taça e nem uma coisa nem outra seriam lembradas.
Mas assim são torcedores e conselheiros de um time de futebol. Qualquer um.
Ser comedida na gestão deveria ser motivo de aplausos.
O problema está em Leila Pereira ser credora do Palmeiras e permitir a desconfiança de que só por isso é cuidadosa com as finanças alviverdes.
Se non è vero, è bene trovato.
E a questão está, também, em que Abel Ferreira é brilhante quando ganha, e quando bota o dedo nas feridas do futebol brasileiro, o que faz com maestria, mas que quando perde afronta o DNA da Academia.
Pereira ficará por três anos no cargo que ocupa por gambiarra ilegal de Mustafá Contursi e não há mais o que fazer.
Porque, quando havia, a maioria esmagadora do eleitorado palmeirense fechou os olhos e validou os meios para justificar os fins.
Contursi pode morrer de arrependimento e ir para o inferno que está repleto de arrependidos, porque não pode confessar a ilegalidade.
Já Ferreira, se duvidar, é bem capaz de se bastar com o bicampeonato da Libertadores e voltar para casa vitorioso depois da derrota digna, embora temerosa, para o milionário Chelsea.
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