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Blog do Juca Kfouri

Timão só empata, mas mostra que tem futuro

Juca Kfouri

25/01/2022 22h57

O Corinthians voltou aos treinamentos 15 dias atrás. A Ferroviária há pouco mais de dois meses.

Mesmo com a natural falta de ritmo de jogo, os talentosos jogadores alvinegros prevaleceram durante o primeiro tempo em Itaquera, apesar de em estágio físico inferior ao dos adversários.

Só mesmo aos 35 minutos Renato Augusto atingiu o gol araraquarense para boa defesa de Saulo e independentemente do que viria a acontecer no jogo, ficava claro que a Fiel terá bons momentos em 2022.

Ainda antes do intervalo o Corinthians só não foi para o vestiário em vantagem porque Saulo novamente impediu, em cabeceio de Roger Guedes.

Corajosa, a Ferrinha vez por outra ameaçava.

O 0 a 0 agradava menos que a expectativa deixada pelo Alvinegro.

E Paulinho estava no banco. Estrearia?

Sim, depois de 15 minutos de pressão no segundo tempo, mas sem levar maior perigo à meta interiorana, Sylvinho lançou mão de Paulinho no lugar de Du Queiroz e, de quebra, Gabriel Pereira, o GP, no lugar de Mantuan.

O quinteto Paulinho, Giuliano, Renato Augusto, Willian e Roger Guedes estava reunido, toneladas de talento em busca de entrosamento.

Mas a Ferroviária tinha dois vagões na frente de sua área para segurar o empate, embora quase não conseguisse mais acionar a máquina para surpreender o anfitrião em contra-ataques.

Ali pelo 27º minuto o melhor preparo físico da Ferroviária começou a aparecer e por pouco Hygor não abriu o marcador.

Três minutos depois, Paulinho apareceu na área e Saulo fez sua terceira grande defesa.

Então, esgotado, Willian deu lugar a Mosquito.

Está claro que jogador o Corinthians tem e que talentos até sobram, embora Roger Guedes tenha perdido gol feito, aos 35'.

Resta fazer um time, missão para o treinador que depende de paciência do torcedor.

O empate era injusto e também Paulinho quase fez o gol de cabeça, quatro minutos depois.

Os minutos finais foram de pressão total, com novas chances de gol sempre com a participação de Paulinho.

Saulo foi o nome do jogo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/