O Palmeiras tem nova música

Primeiro o Endrick fez tchan, aos 5 minutos, com oportunismo, depois da falha dois zagueiros santistas.

Depois Giovani, aos 11', fez tchun, num golaço de pé esquerdo, bola colocada no ângulo como se com a mão.

E, aos 15', Gabriel Silva fez tchan, tchan, tchan, tchan, em cobrança perfeita de falta.

Estava liquidada nem bem havia começado a decisão da 52ª Copinha São Paulo e se a garotada do Palmeiras fazia lembrar o antigo anúncio da lâmina de barbear, cortava como gilete parte da música que a atormentava nos últimos anos.
Sim, o Palmeiras já tem Copinha e o Mundial que falta pode chegar ainda na primeira quinzena de fevereiro, mais exatamente no dia 12, em Abu Dabhi.
O título da Copinha veio na casa verde ensolarada e como tinha de vir, com show de bola, sem medo de ser feliz, sem recuar depois de abrir o placar.
Show tamanho que a meninada da Vila perdeu a cabeça, quis intimidar Endrick porque deu uma lambreta, como se fosse Neymar, e ficou com dez ao fim do primeiro tempo, com a expulsão de Derick, que já havia levado cartão amarelo por cotovelada em Endrick e pegou forte em Giovani.

Onze contra onze estava fácil no primeiro tempo e o segundo anunciava a goleada com 11 contra dez.
Três vira, seis acaba?
Com 38 graus ao sol, logo aos 8', de cabeça, Gabriel Silva fez 4 a 0 para continuar a festa da torcida alviverde.

Estava fácil, extremamente fácil.
A trave evitou o 5 a 0, aos 27', mas também não precisava e, de certa forma, o bom comportamento santista no segundo tempo, sem apelar como pareceu que faria, deixava tudo bem.
Os meninos da Vila não agrediam o DNA do bom futebol e o Palmeiras colhia a boa política de investir na base.
O Palmeiras tem Copinha e é tri na Libertadores!
E tem nova música:

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