Três gols
POR LUIZ GUILHERME PIVA
1.
Tinha que ser do jeito do Galo: sofrido. Tomar 2 x 0 até os 26 minutos do segundo tempo e virar com três gols em cinco minutos!
Se fosse um roteiro, não seria crível.
Mas quem viu as viradas na Libertadores de 2013, incluindo a defesa de pênalti do Victor contra o Tijuana, e as viradas sobre o Flamengo e o Corinthians na Copa do Brasil de 2014, acreditava.
Sempre acredita.
Mesmo quem não crê nessas horas pede a Deus por sua gente e clama: "eu acredito!".
2.
Ouvi de passagem esses dias, na rua, a fala simples e verdadeira:
– A letra "R" dá sorte pro Galo: Rei Dadá, Reinaldo, Ronaldinho Gaúcho e agora o "Rulk".
Certíssimo! São "R" vencedores.
Apesar dos "ratos" que tentaram roer a roupa desses reis.
3.
O Galo deveria pedir uma permissão especial à CBF. E ela deveria concedê-la.
Para inscrever o Reinaldo no elenco.
E escalá-lo por um ou dois minutos no jogo de domingo no Mineirão.
No finalzinho.
Para que ele, na condição de campeão brasileiro, toque na bola ao menos uma vez.
Ele, a torcida e ela – a bola – merecem.
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Luiz Guilherme Piva publicou "Eram todos camisa dez" e "A vida pela bola" – ambos pela Editora Iluminuras
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/