O Furacão em noite de tsunami

A temporada do futebol brasileiro termina nesta quarta-feira, às 21h30, com chave de ouro: a decisão da Copa do Brasil, com os dois Atléticos em busca do bicampeonato e o Mineiro com 4 a 0 de vantagem sobre o Paranaense.
Mais que Furacão o rubro-negro, na Arena da Baixada, terá de ser um verdadeiro tsunami.
Não que seja impossível.
Para ficar em exemplo recente, o Barcelona perdeu para o PSG em 2017, em Paris, por 4 a 0, nas oitavas da Champions e, em Camp Nou, virou para 6 a 1.

A diferença está em que havia mais equilíbrio entre os dois times do que há entre os Atléticos.
Basta dizer que os dois jogaram três vezes neste ano e os mineiros ganharam os três jogos, sem que os paranaenses marcassem um golzinho sequer: 2 a 0, 1 a 0 e 4 a 0.
Mas futebol é futebol.
Na Libertadores de 1995, quartas de final, o Grêmio, em casa, enfiou 5 a 0 no Palmeiras no jogo de ida, fez 1 a 0 no jogo de volta, e acabou perdendo por 5 a 1.
Marcasse o sexto gol e o Palmeiras teria levado a decisão aos pênaltis, porque não havia gol qualificado.

Naquela noite aprendi que nunca mais deveria dizer ser impossível uma virada.
Aprendi e acho que esqueci: duvideodó que os paranaenses virem.
Comentário para o Jornal da CBN desta quarta-feira, 15 de dezembro de 2021.
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