Kenômeno e Hulk dão o bi ao Galo!

Mal orientado, o Athletico fez o começo de jogo, na Arena da Baixada lotada por 34 mil torcedores, que o Atlético queria: fazendo faltas que permitiam a cera mineira, cumprindo o que Cuca planejou, ou seja, segurar os minutos iniciais sem levar gol para não incendiar a decisão da Copa do Brasil.
Sem Nikão, machucado, os anfitriões tinham pouco poder ofensivo e o Galo cozinhava o Furacão.
Mas, aos 19 minutos, Cittadini cruzou da direita para esquerda, Mariano falhou e Pedro Rocha abriu o placar, gol anulado pelo VAR por toque na mão, absolutamente sem querer, mas que a regra burra manda invalidar.
Cinco minutos depois, contra-ataque mortal culminou nos pés de Keno em passe final de Zaracho e 1 a 0 para o Galo, 5 a 0 no placar agregado.
Keno fez os gols que definiram o Brasileirão e mais um no jogo de ida da final da Copa do Brasil. Um Kenômeno!

O Galo vencia o xará pela quarta vez no ano, a segunda em Curitiba.
Kayzer se machucou, saiu em prantos, mas não fosse a lesão provavelmente sairia por expulsão.
E os visitantes foram para o intervalo com as duas mãos na taça, além dos dois pés, depois de ensaiarem até olé no gramado artificial da Arena da Baixada, para alegria de 2 mil mineiros presentes ao belo estádio.
E foi pouco, porque tanto Hulk quanto Keno tiveram o 2 a 0 à disposição e desperdiçaram.
O Furacão voltou disposto, pelo menos, a não perder e fez Éverson trabalhar logo no início do segundo tempo.
E novamente fez um gol, mas em impedimento do tronco de Mingotti.
Nacho Fernández foi para o jogo no lugar de Vargas, porque só dava Furacão com as entradas de Jaderson e Canesin nos lugares de Cittadini e Christian para os 45 minutos derradeiros.
Zaracho, o dono do jogo, saiu para Savarino jogar e Keno deu lugar para Calebe.
Logo Savarino lançou Hulk para fazer 2 a 0, de cavadinha, aos 30'.

A decisão estava 6 a 0 quando Sasha e Tchê Tchê entraram nos lugares de Hulk e Jair.
A torcida do Furacão nem por isso deixou de apoiar o time e merecia um gol, que Éverson teimava em não deixar.
Finalmente, Jaderson, em bobeada mineira, fez o merecido gol, aos 41': 2 a 1.
Dava para buscar o empate, mas não deu.
O Galo confirma o bi da Copa do Brasil e a tríplice coroa no melhor ano de sua história centenária.
Ironias do futebol, Alberto Valentim termina a temporada como técnico campeão da Copa Sul-Americana apesar de ter dirigido o Athletico apenas no último, e horroroso, jogo contra o Bragantino, quando o 1 a 0 valeu o título.
Na Copa do Brasil levou duas traulitadas dos mineiros e no Brasileirão, em 15 jogos, venceu só quatro, perdeu sete e empatou quatro, um dos empates, em casa, contra a garotada do Palmeiras, com aproveitamento abaixo da crítica, de 35%.
Ou seja, dos 20 jogos sob o comando de Covardim, o Furacão foi derrotado nove vezes e vencedor em seis.
Muito pouco para as pretensões do rubro-negro paranaense e para a paixão demonstrada pela torcida.

Com o que o blog, depois de não parar desde janeiro de 2017, entra em gozo de merecidas férias.
O blogueiro ainda fará os dois próximos "Posse de Bola", na sexta e na segunda-feiras.
Boas festas, ótima entrada de ano e que 2022 marque o fim da barbárie no Brasil.
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