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Blog do Juca Kfouri

Galo goleia, festeja o bi e põe o Furacão no bolso

Juca Kfouri

12/12/2021 19h24

O Furacão precisou tomar dois gols do Galo, ainda no primeiro tempo, para achar coragem e enfrentar os anfitriões e seus 53 mil torcedores que faziam o Mineirão tremer.

Hulk abrira o placar, batendo mais um pênalti para acabar com qualquer complexo de perseguição da torcida atleticana, e Keno fez 2 a 0 num golaço de fora da área depois de deixar dois zagueiros órfãos de pai e mãe, mas com Santos aceitando.

Com os gols aos 23 minutos e aos 35, e domínio quase absoluto dos alvinegros, os rubro-negros foram à frente e tanto Terans, em cobrança de falta, quanto Erick, ao cabecear, fizeram Éverson trabalhar.

O Mineirão que se assustara com a saída prematura de Diego Costa logo aos 13', trocado por Vargas, exultava com a perspectiva de outro bicampeonato, agora o da Copa do Brasil, e com a tríplice coroa.

Keno, mais uma vez, era o melhor jogador em campo, e por contra-ataque armado por ele no começo do segundo tempo, Pedro Henrique foi o terceiro zagueiro a levar cartão amarelo (Thiago Heleno está fora da segunda partida).

Aos 10', Thiago Heleno bobeou não frente de Hulk e a lambança terminou no pé de Vargas para fazer 3 a 0, para liquidar com o jogo, com a Copa e assegurar o bi.

Se o torcedor do Galo torce contra o vento em dia de tempestade se tiver uma camisa atleticana pendurada no varal, como escreveu Roberto Drummond, imagine contra o Furacão, como bem lembrou o narrador da Sportv.

Roberto Drummond (1933-2002): "Se houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento"

Alberto Covardim, enfim, resolveu buscar ao menos um gol e pôs Pedro Rocha em campo, no lugar do zagueiro Nicolás Hernández, mas o Galo, que queria mais, respondeu com Nacho Fernández no lugar de Keno.

E o 4 a 0 saiu em seguida, de novo com Vargas, de pé em pé, com a participação de Nacho, assim como a de Hulk.

O Galo pegou o Furacão, dobrou bem dobrado, pôs no bolso e saiu para o abraço.

No dia 20 de fevereiro de 2022, Galo e Flamengo decidirão a Supercopa do Brasil.

De papo cheio, o Galo terminou o jogo trocando passes, ouvindo a massa a gritar olé e a cantar alegremente no dia dos 124 anos de Belo Horizonte.

Porque existe um grande time na cidade e se chama Atlético Mineiro…

O 5 a 0, dos pés de Hulk, não saiu por um triz, numa cavadinha dada depois de deixar três paranaenses para trás.

Bicampeão!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/