Galo goleia, festeja o bi e põe o Furacão no bolso

O Furacão precisou tomar dois gols do Galo, ainda no primeiro tempo, para achar coragem e enfrentar os anfitriões e seus 53 mil torcedores que faziam o Mineirão tremer.
Hulk abrira o placar, batendo mais um pênalti para acabar com qualquer complexo de perseguição da torcida atleticana, e Keno fez 2 a 0 num golaço de fora da área depois de deixar dois zagueiros órfãos de pai e mãe, mas com Santos aceitando.

Com os gols aos 23 minutos e aos 35, e domínio quase absoluto dos alvinegros, os rubro-negros foram à frente e tanto Terans, em cobrança de falta, quanto Erick, ao cabecear, fizeram Éverson trabalhar.
O Mineirão que se assustara com a saída prematura de Diego Costa logo aos 13', trocado por Vargas, exultava com a perspectiva de outro bicampeonato, agora o da Copa do Brasil, e com a tríplice coroa.

Keno, mais uma vez, era o melhor jogador em campo, e por contra-ataque armado por ele no começo do segundo tempo, Pedro Henrique foi o terceiro zagueiro a levar cartão amarelo (Thiago Heleno está fora da segunda partida).

Aos 10', Thiago Heleno bobeou não frente de Hulk e a lambança terminou no pé de Vargas para fazer 3 a 0, para liquidar com o jogo, com a Copa e assegurar o bi.
Se o torcedor do Galo torce contra o vento em dia de tempestade se tiver uma camisa atleticana pendurada no varal, como escreveu Roberto Drummond, imagine contra o Furacão, como bem lembrou o narrador da Sportv.

Alberto Covardim, enfim, resolveu buscar ao menos um gol e pôs Pedro Rocha em campo, no lugar do zagueiro Nicolás Hernández, mas o Galo, que queria mais, respondeu com Nacho Fernández no lugar de Keno.
E o 4 a 0 saiu em seguida, de novo com Vargas, de pé em pé, com a participação de Nacho, assim como a de Hulk.

O Galo pegou o Furacão, dobrou bem dobrado, pôs no bolso e saiu para o abraço.
No dia 20 de fevereiro de 2022, Galo e Flamengo decidirão a Supercopa do Brasil.
De papo cheio, o Galo terminou o jogo trocando passes, ouvindo a massa a gritar olé e a cantar alegremente no dia dos 124 anos de Belo Horizonte.
Porque existe um grande time na cidade e se chama Atlético Mineiro…
O 5 a 0, dos pés de Hulk, não saiu por um triz, numa cavadinha dada depois de deixar três paranaenses para trás.
Bicampeão!
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