Galo começa jogo como campeão e termina como fabuloso bicampeão! Hulk, Keno e Keno!
O Galo mandou no jogo na Fonte Nova desde o início.
A vontade de ser campeão e seu time superior prevaleceram sobre o medo de cair do Bahia com time inferior.
Fácil não era, é claro, porque os 90 minutos em Salvador significavam o ponto final de uma busca de 50 anos.
Os mineiros não tinham seus dois volantes titulares, Allan e Jair, suspensos, assim como Diego Costa, também curtindo gancho.
O Atlético ficava com a bola 60% do tempo e Keno teve a melhor chance ao chutar de fora da área para boa defesa de Danilo Fernandes.
Mais perto do fim do primeiro tempo foi a vez de Nacho Fernández, aí de dentro da área, ver o goleiro fazer não apenas boa defesa, mas excelente.
Ameaçar mesmo o Bahia só conseguiu uma vez, com Rodriguinho, de cabeça, aos 44 minutos.
Mas o 0 a 0 que ainda não dava o título ao Galo, e nem tirava o Bahia da ZR, persistia no placar.
O segundo tempo começou em ritmo de quem estava disposto a deixar de lado quaisquer cuidados.
De cara, em menos de três minutos, Nathan Silva impediu gol baiano e na resposta Hulk atingiu a trave baiana.
O candidato óbvio a ser o que foi o Rei Dadá em 1971, o autor do gol do título em 2021, era o Incrível Hulk.
O jogo ficou eletrizante, lá e cá, digno de decidir o Brasileirão. Ou não.
Ou não!
O zagueiro Luiz Otávio meteu a cabeça na bola em cobrança de escanteio, aos 16', botou o Bahia na frente e o tirou da ZR, além de deixar o título do Galo para amanhã, caso o Flamengo não derrote o Sport, no Recife, ou para domingo, no Mineirão, contra o Bragantino. Ou…
O Athletico Paranaense entrava mesmo na ZR porque o artilheiro Gilberto, como típico centroavante, ampliou, aos 20': 2 a 0, em cruzamento certeiro de Raí.
Sasha e Nathan foram chamados imediatamente para os lugares de Vargas e Nacho.
Quase 30 mil torcedores faziam uma festa incrível, emudecida em seguida, porque Luiz Otávio fez pênalti em Sasha depois de passe de Nathan e Hulk diminuiu: 2 a 1, aos 28'.
De apreensiva para paralisada a torcida ficou quando Keno, livre, fez um belo gol para empatar 2 a 2, aos 29'.
Sim, em dois minutos, 2 a 2.
Rodallega e Daniel entraram nos lugares de Gilberto e Mugni.
Não adiantou, porque, em contra-ataque, nova bola nos pés de Keno, na entrada da área e, iluminado, ele fez o 3 a 2, ao receber de Nathan, aos 33'.
Impressionante!
Zaracho saiu e Igor Rabello entrou.
Ser campeão com uma virada dessas é mais que histórico, é épico.
Keno saiu e Dodô entrou, aos 40'.
O Bahia com os nervos à flor da pele e o Galo absoluto depois de cantar três vezes: Hulk, Keno e Keno!!!
Que enorme bicampeão!
50 anos em 5 minutos.
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