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Blog do Juca Kfouri

Vozão não dá colo a Sylvinho

Juca Kfouri

25/11/2021 22h06

Com sete minutos no Castelão ensandecido com mais de 40 mil torcedores numa festa incrível, Cássio saiu jogando errado com os pés e Vina acertou um tirambaço como se fosse com as mãos para botar o Ceará na frente do Corinthians.

Até então, o Vozão era todo pressão e o Timão, sem Renato Augusto e Willian, no banco, mas com o sonolento Luan em campo, só se defendia.

Talvez a sorte paulista tenha sido exatamente o gol sair tão cedo, porque o Ceará passou a ser mais cauteloso e o Corinthians começou até a a criar a chances, a melhor delas em virada de GP que o goleiro João Ricardo defendeu.

Tiago Nunes, treinador do Ceará, se vingava do Corinthians, que o despediu, e passou 20 minutos no intervalo instruindo seus jogadores, sem substituições.

Apesar da derrota, o Corinthians se mantinha no G4 porque o Fortaleza foi vencido pelo Santos, mas sob o risco de ser ultrapassado pelo Bragantino, um ponto e um jogo a menos.

Aos 5 minutos Vina saiu machucado, trocado por Jorginho.

Cinco minutos depois Willian e Renato Augusto foram chamados para buscar a reação que os dez minutos do segundo tempo não permitiam antever. Saíram Luan, que na verdade não entrou, e Du Queirós.

Imediatamente o Corinthians ficou mais agressivo ao mesmo tempo que dava espaço para o Vozão contra-atacar perigosamente.

Rick e Yony González substituíram Lima e Jael

A torcida cantava entusiasmada numa noite feliz porque o Ceará chegava ao oitavo lugar, apenas a três pontos do derrotado rival Fortaleza.

Mosquito no lugar de GP no samba de uma nota só de Sylvinho, aos 23'.

O Corinthians seguia time caseiro e Jô perdeu incrivelmente o empate que Renato Augusto lhe deu de colher.

Kelvyn e William Oliveira nos lugares de Mendoza e Fernando Sobral, aos 30', porque era hora de fechar, como fazem 11 em cada 10 técnicos brasileiros.

A mexida de Tiago Nunes deu certo. Para o Corinthians, que tomou conta e ainda pôs João Pedro e Vitinho nos lugares de Fagner e Gabriel, aos 36'.

E Roger Guedes empatou aos 38', em mais um belíssimo gol dele, como Tiago Nunes causou ao recuar o time dele contra tantos jogadores talentosos do adversário.

Mas, aos 41', Yony González, ex-Corinthians, fez o 2 a 1 nas costas de João Pedro e em bola que Cássio poderia ter defendido.

Tivesse o Corinthians começado o jogo com todos os seus talentos e talvez o resultado fosse outro.

Mosquito ainda pôde empatar aos 46', mas mandou por cima.

O placar mais justo seria o empate, mas justiça e futebol raramente andam juntos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/