São Paulo festeja o que o Rio chora

O Rio de Janeiro continua lindo.
Mas a maior parte do Rio de Janeiro está triste, depressiva mesmo, desde às 7 e 37 da noite do sábado quando o árbitro argentino, de atuação impecável, apitou o fim da prorrogação em Montevidéu com o placar estampando Palmeiras 2, tricampeão da Libertadores, Flamengo 1.
Pela terceira vez seguida um treinador português levou um time brasileiro à conquista continental.
O primeiro foi Jesus, o segundo foi Abel e o terceiro foi aquele que ao Palmeiras deu a mão, o mesmo Abel.
De Jesus, Jorge Jesus, os rubro-negros morrem de saudade, e por Abel, Abel Ferreira, os alviverdes têm devoção.
Renato Portaluppi, que se orgulha de ser o mais carioca dos gaúchos vivos, virou Judas para a chamada Nação, e o português Abel Ferreira está a um passo da santificação no clube que nasceu da colônia italiana e há muitas décadas é tão verde como amarelo.
Duro começo de semana do Leme ao Pontal.
Alegre fim de ano para quem cruza de verde a esquina da Ipiranga com a avenida São João.

Comentário para o Jornal da CBN desta segunda-feira, 29 de novembro de 2021.
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