Tudo bem, o Palmeiras está na final da Libertadores: Bragantino 4 a 2!
No reencontro do Palmeiras com sua torcida, Dudu carimbou a trave no começo do jogo.
Mas, aos 12 minutos, numa esticada de bola à moda alviverde, quem fez o gol foi Ytalo, para o Bragantino: 1 a 0, em lançamento de Aderlan.
Nem por isso o Palmeiras sentiu e seguiu em busca do gol.
Só que a noite era bragantina.
A ponto de, aos 33', Praxedes desarmar Danilo Barbosa na intermediária e dar para Cuello arrematar de fora da área, com desvio no mesmo Barbosa: 2 a 0.
Parecia inacreditável porque o jogo não estava para tanto e mais incrível ainda ficou quando, aos 35', Kusevic saiu jogando errado e Cuello deu para o ex-palmeirense Artur fazer 3 a 0.
Então, a torcida que só apoiava, porque não via o time com atuação ruim, dividiu-se.
Menos mal que no fim do primeiro tempo Kusevic se redimiu indo à linha de fundo e deu na cabeça de Dudu para diminuir: 3 a 1.
Se Weverton estivesse em campo não seria diferente, até porque Jailson ainda fez uma defesaça, mas certamente Gustavo Gómez fazia falta, muita falta. A defesa estava em jornada indefensável.
O gol de Dudu, seja como for, dava esperança de reação no segundo tempo.
Em Bragança, contra o Corinthians, o Bragantino fez 2 a 0 e cedeu o empate no fim. Por que o Palmeiras não poderia fazer igual e até melhor?
Abel Ferreira voltou com Gabriel Veron no lugar de Wesley.
O Palmeiras perdia definitivamente o segundo lugar para o Flamengo, três pontos atrás com dois jogos a mais, e o Bragantino desalojava o Corinthians do quinto lugar, com um ponto a mais e um jogo a menos.
Mas o segundo tempo prometia e com menos de cinco minutos os dois times chegaram com perigo.
E diferentemente do que vinha fazendo nos últimos jogos, e com maus resultados, o time de Marcelo Barbieri não ficou atrás para segurar o resultado, ao contrário.
Por ver o adversário mais agressivo, o Palmeiras lançou Luiz Adriano no lugar de Danilo Barbosa, aos 13'.
E, aos 15', quando o Palmeiras botou pressão, Jorge foi derrubado na área e o pênalti foi convertido por Raphael Veiga: 3 a 2.
O palmeirense começava a acreditar que a noite não era bragantina, que seria esmeraldina.
Bom o jogo era, sem dúvida.
Os finalistas da Libertadores e da Copa Sul-Americana enfeitavam a noite do sábado.
Saiu Praxedes, entrou Helinho, aos 19'.
Veron não entrou bem, errava passes fáceis e fez uma falta que poderia ter causado sua expulsão.
E Artur marcou mais um golaço, aos 30', quem nem se tivesse dois goleiros pegariam.
Léo Ortiz no Braga, Breno Lopes e Gustavo Scarpa no Palmeiras, para os 15 minutos finais.
Quase 9 mil torcedores viam o Palmeiras no modo Porco Louco, trocando zagueiros por atacantes, porque Jorge e Kusevic foram os substituídos.
Deyverson ainda entrou no lugar de Rony e Abel Ferreira vivia sua noite de Cuca.
Enfim, a palmeirense e o palmeirense complacentes dirão: "Não faz mal, estamos na final da Libertadores".
De fato, só o tri continental para redimir a frustrante temporada alviverde.
No placar agregado do Brasileirão, deu Bragantino 7 a 3.
"Time sem vergonha", cantavam os uniformizados alviverdes ao fim do jogo.
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