Guga festeja e Tostão lamenta

Gustavo Kuerten vai dormir feliz com a vitória do Avaí sobre o Cruzeiro, na Ressacada, por 1 a 0, gol de Lourenço, aos 11 minutos do segundo tempo, num jogo maluco, em que o time mineiro perdeu quatro vezes o mesmo gol na etapa inicial, graças ao goleiro catarinense Glédson, com três defesas seguidas, e ao zagueiro Alemão, na linha fatal, no mesmo lance.

Já Tostão dormirá triste, porque a derrota cruzeirense praticamente define mais um ano na Série B — e ainda não o livra da ameaça da Série C, apenas sete pontos à frente da zona do rebaixamento, quando faltam ainda sete rodadas para o fim do campeonato.

E agora será preciso administrar o desânimo com o fim do sonho do acesso.
Guga merece a alegria, Tostão não merece a decepção.
O ex-tenista, o melhor da história brasileira, um dos melhores da história do tênis, é torcedor do Avaí, mas Tostão é mais que isso, foi o principal responsável por tornar o Cruzeiro conhecido mundo afora.
Além do mais, a vida do Avaí é essa, eterno sobe e desce.
A do Cruzeiro jamais poderia ser a de passar três anos na Série B, "presente" que lhe foi dado por um bando de cartolas que vampirizaram o clube e que seguem soltos por Minas Gerais gastando o que amealharam e rindo da cara do torcedor, daquele, inclusive, que batia palmas para títulos conquistados à custa de irresponsabilidade e escárnio.

O goleiro Glédson, 38 anos, jogou hoje como se fosse, sem ironia, Raul Plassmann, Dida ou Fábio.
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