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Blog do Juca Kfouri

Flamengo é garfado, decepciona e volta a não depender de si

Juca Kfouri

17/10/2021 22h28

De certa maneira o primeiro tempo no Maracanã entre Flamengo e Cuiabá repetiu o enredo do jogo dos Atléticos em Goiânia.

Como o Galo, o Flamengo mandou no jogo, mas jogando menos do que se espera dele.

Como no jogo de Goiás, quando o Galo teve um pênalti não dado, o Flamengo teve um gol mal anulado de Michael.

E o Cuiabá repetiu o que fez o Atlético Goianiense, porque a defesa mais complicada do jogo foi de Diego Alves.

A torcida do Galo torcia para o segundo tempo também ser igual ao de Goiás.

O Cuiabá pisava pela primeira vez no Maraca com ares de estraga prazeres.

Com o empate o Flamengo não dependeria mais apenas de si, dez pontos atrás do líder, com dois jogos a menos e um confronto direto.

À medida que o tempo passava a aflição aumentava e Renato Gaúcho trocou Thiago Maia por Kenedy, aos 12 minutos.

Coletivamente o Flamengo não conseguia envolver o sistema defensivo mato-grossense e a solução parecia estar num lance individual.

Só que Gabigol fazia jogo abaixo da crítica, Andreas Pereira não estava em grande noite, Michael era quem mais tentava ao seu estilo, Pedro não estava no banco, nem De Arrascaeta, a ausência mais sentida.

O líder havia perdido para o 11º colocado e o vice-líder só empatava com o 9º.

Aos 27', Empereur salvou gol de Gabigol que saiu em seguida, assim como Everton Ribeiro, para Vitor Gabriel e Vitinho jogarem.

Terá Gabigol pedido para sair? Só pode.

O torniquete rubro-negro apertava, apertava, mas criava pouco e finalizava menos ainda. Uma decepção!

Oito mil torcedores se esgoelavam e o time não correspondia, ao contrário, se desesperava a cada minuto.

Metade de Minas Gerais torcia pelo 0 a 0, que minimizava a derrota do Galo.

Gustavo Henrique substituiu Michael aos 45', para jogar os seis minutos de acréscimos e tentar um gol de cabeça.

Vitinho levou um tapa dentro da área, aos 47', e nada foi marcado, porque a arbitragem brasileira é a cara da CBF.

E o empate prevaleceu porque a vida é dura e o futebol adora surpreender.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/