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Blog do Juca Kfouri

Atlético Goianiense prega peça no Galo e Flamengo depende só de si

Juca Kfouri

17/10/2021 20h11

Um Galo ansioso, buscando se impor mais física do que tecnicamente, levou pouco perigo ao xará Goianiense durante o primeiro tempo, quando Éverson trabalhou mais que Fernando Miguel.

Parece difícil aos mineiros, à medida que o Brasileirão se aproxima da reta final, controlar a ansiedade.

Ainda mais quando há lances duvidosos, como houve, de possível pênalti para o líder do campeonato.

Nacho cruzou, Baralhas cortou com o braço, o VAR chamou, mas o assoprador de apito considerou o lance normal, embora parecido com o que rendeu, um pouco antes, pênalti para o Palmeiras contra o Inter.

Verdade que Cuesta estava com o braço bem mais aberto que Baralhas.

Mas Cuca ficou indignado.

O panorama do segundo tempo era quase idêntico até que, aos 14 minutos, Nacho bateu escanteio pela direita e Nathan Silva enfiou a cabeça para fazer 1 a 0.

Mas a alegria durou pouco, porque numa bobeada do Tchê Tchê em saída de bola, Janderson empatou aos 20', em passe de Marlon Freitas.

Sasha e Dylan foram para o jogo, aos 24', nos lugares de Tchê Tchê e Keno.

O jogo começou a adquirir ares dramáticos, para satisfação da Nação rubro-negra, a da Gávea.

Com o empate o Galo ficava 12 pontos à frente do Flamengo, mas com três jogos a mais e ainda tendo que enfrentar os cariocas, no Maracanã.

Ou seja, o Flamengo passava a depender apenas dos resultados dele.

Calebe entrou no lugar de Zaracho para não permitir que o xará Goianiense desse tamanho presente ao adversário.

Luta não faltava ao Galo, mas o futebol deixava, e muito, a desejar.

Pior ficou aos 36', quando Oliveira, livre, recebeu de Janderson e virou: 2 a 1.

O zagueiro acabara de entrar no jogo…

Aos 38', Hyoran no lugar de Guga foi a solução de Cuca, Galo Doido sim senhor!

O Galo via a marca de 19 jogos sem perder ir para o espaço, sequência equivalente a um turno inteiro, façanha atingida pelo Corinthians, em 2017, Flamengo, em 2019 e Palmeiras, em 2018. Os três foram campeões.

Se não segurar a ansiedade, o Galo vai sofrer.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/