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Blog do Juca Kfouri

O Flamengo adora jogar com o Palmeiras

Juca Kfouri

12/09/2021 17h54

Enquanto De Arrascaeta esteve em campo o jogo entre Palmeiras e Flamengo foi um.

Os rubros-negros tentando se impor com posse de bola e boas trocas de passe, até porque Everton Ribeiro jogava muito, e o Palmeiras acertava seus lançamentos longos, chegava rapidamente ao ataque e explorava as qualidades de Dudu e Wesley.

Assim Wesley abriu o placar ao dar drible espetacular em Isla ao receber de Dudu e dois minutos depois Everton Ribeiro pôs a bola na cabeça de Michael para empatar, aos 14 e 16'.

Mas, aos 21', Arrascaeta sentiu lesão muscular e Vitinho o substituiu.

O jogo que era ótimo ficou apenas razoável.

A partir daí a posse de bola mudou de pés, o Flamengo se destacou mais na defesa que no ataque, embora, no fim, Vitinho tenha tirado lasca da trave.

Para o segundo tempo Gustavo Scarpa substituiu Raphael Veiga.

Completo, contra o rival sem Gabigol, sem Bruno Henrique, e já sem o uruguaio, o Verdão tinha a faca e o queijo na mão para encerrar a incômoda escrita de oito jogos sem vencer os cariocas.

Depois de dez minutos iguais aos finais da primeira etapa, Vitinho bateu escanteio e Pedro, até então apagado, subiu mais que a dupla de zagueiros e virou o clássico para 2 a 1.

Abel Ferreira fez trocas no ataque aos 14': Breno Lopes, Luiz Adriano e Patrick de Paula nos lugares de Wesley, Rony e Danilo.

Renato Gaúcho respondeu com Thiago Maia no lugar de Everton Ribeiro, pagando o preço das datas Fifa, como Arrascaeta e Gabigol.

De novo era Palmeiras com a bola e Flamengo se defendendo e quase não correndo riscos, porque a velha dificuldade alviverde se materializava mais uma vez.

Willian em campo, aos 27', no lugar de Piquerez e João Gomes, Matheuzinho e Rodinei nos de Isla, Pedro e Andreas Pereira.

Constrangedora a dificuldade de Rodinei em correr com a bola e pensar ao mesmo tempo. Não fosse por isso e o Flamengo teria matado o jogo em dois contra-ataques que ele não foi capaz de terminar.

Mas Michael é o bicho e ele sim é capaz, como foi para fazer 3 a 1, ao receber de Vitinho, chamar Marcos Rocha para dançar e definir o novo jogo invicto do Flamengo contra o decepcionante Palmeiras que ainda teve Zé Rafael expulso por entrada criminosa em Willian Arão, aos 48'.

Se duvidar, a direção rubro-negra pedirá à CBF para marcar mais jogos contra o Palmeiras.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/