Topo

Blog do Juca Kfouri

Borja faz a festa do Grêmio, do Galo e do Palmeiras

Juca Kfouri

19/09/2021 22h32

Vá entender o futebol.

Flamengo e Grêmio, pela Copa do Brasil, no meio da semana, com a classificação ja decidida, foi disputado em clima de guerra.

Hoje, com o Flamengo precisando vencer para não deixar o Galo se distanciar ainda mais, e o Grêmio para sair da zona do rebaixamento, até os 48 minutos do primeiro tempo parecia até amistoso.

Com o Flamengo melhor, com Gabigol e Everton Ribeiro perdendo gols com certa displicência, no segundo derradeiro, Ferreirinha cruzou na cabeça de Borja e o colombiano, que parecia o único em disputa de três pontos, fez 1 a 0.

Aí sim, na saída para o intervalo, teve treta entre Borja e Diego Alves, com Gabigol tomando as dores, Renato Gaúcho se reunindo com seus ex-comandados no corredor dos vestiários, enfim, uma confusão que prometia segundo tempo quente.

Quando a etapa final começou o Grêmio com 19 jogos tinha 22 pontos, em 17º lugar, estava um ponto atrás de Juventude e Bahia, com 21 jogos, ou seja, potencialmente já fora da ZR.

E o Flamengo tinha 34 pontos em 18 jogos, atrás do Galo, 45 pontos em 20 jogos, e do Palmeiras, 38 pontos também em 20 jogos.

Atleticanos e palmeirenses adoravam a vitória parcial gaúcha.

Nem bem começou o segundo tempo e o goleiro Chapecó, machucado, foi trocado por Brenno.

Aos 18', Bruno Henrique e Pedro em campo, nos lugares de Vitinho e Everton Ribeiro, uma porção de flechas, um arco a menos. Estranho.

O tempo passava e o Flamengo não conseguia penetrar no sistema defensivo gremista.

E o Grêmio enfrentava o Flamengo como se fosse o Inter.

Aos 32', o estreante Kennedy e Matheuzinho em campo nos lugares de Michael e Isla.

Felipão não mexia e cozinhava o Mengo em fogo brando.

No 11º clássico, depois de oito derrotas e dois empates, enfim, o Grêmio ganhava do Flamengo e, aos 36', Ferreirinha, Lucas Silva e Rafinha saíram, para Léo Pereira, Cortez e Sarará jogarem.

Acredite, nem Brenno, nem Diego Alves fizeram uma defesa no segundo tempo, o que escrevi antes do narrador Luiz Carlos Júnior dizer o mesmo, para ambos sermos desmentidos aos 46', quando Breno teve de defender arremate de Kennedy.

Diogo Barbosa no lugar de Alísson e Thiago Maia no de Andreas, aos 48'.

Então, o VAR chamou e pênalti cometido por Léo Pereira, o rubro-negro, foi assinalado para Borja converter no 2 a 0, mas Diego Alves, para variar, defendeu, aos 53'.

Daria tudo para saber o que prevalecia no coração de Renato Gaúcho: a tristeza pela derrota profissional ou a alegria de ver o Grêmio escapando da ZR?

Ou será que ele tentará convencer a direção do Flamengo em priorizar as Copas?

No de Felipão nem precisa perguntar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/