A esperteza que mata o esperto

O político mineiro Tancredo Neves ensinou um dia que quando a esperteza é demasiada acaba por matar o esperto.
Nem seu neto Aécio Neves aprendeu a lição, nem o Cruzeiro, time de Aécio.
O Cruzeiro, como o Flamengo, buscou liminar na justiça para ter público em seus jogos e desrespeitar a isonomia no campeonato.
Mesmo assim, ontem não passou de medíocre empate, 1 a 1, com o Operário de Ponta Grossa, na Arena Jacaré, em Sete Lagoas, com 5 mil torcedores.
Foi simplesmente o 12º empate do Cruzeiro em 24 jogos, com seis vitórias e seis derrotas, o que o coloca onde merece, na 12ª colocação da Série B, mais perto da C do que da A, pois está a 11 pontos do G4 e apenas a sete da zona do rebaixamento.

Adivinhe qual foi a reação de Vanderlei Luxemburgo, o ex-técnico em atividade do time mineiro: reclamou da arbitragem e acabou expulso de campo, para poder, na entrevista coletiva, se eximir de falar do seu time para falar do apito.
Tão velho como são os velhos tempos em que ele era um bom treinador.
O Cruzeiro caminha a passos largos para completar dois anos fora da elite do futebol brasileiro. Porque aqui se faz, aqui se paga.
Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 17 de setembro de 2021
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