Santos flertou com o vexame

O Santos flertou com o maior vexame de sua vida centenária, maior até mesmo que a goleada sofrida pelo Barcelona, não a por 4 a 0 na final do Mundial de Clubes, em 2011, que já foi muito feia, mas aqueles 8 a 0, dois anos depois.
Porque a Juazeirense fez, ainda antes do 30° minuto do primeiro tempo, a metade dos gols de que precisava para levar à marca do pênalti a decisão da vaga para as quartas de final da Copa do Brasil.
O Santos se esqueceu de que o 4 a 0 na Vila Belmiro havia sido enganoso, pois o 1 a 0 saiu tarde e no segundo tempo, aos 27 minutos, e os três gols restantes aos 39', aos 47' e 52'.
Ou seja, não respeitou a equipe baiana, subestimou que jogaria em gramado ruim e escalou apenas três titulares, a ponto de deixar Marinho em Santos.
Ora, o Santos não é o Flamengo e por pouco não tomou o terceiro gol logo no começo do segundo tempo, graças ao goleiro João Paulo, um dos poucos titulares.
O Peixe tentava jogar como Fernando Diniz gosta, no toque de bola em gramado que não permitia, e aos poucos foi tendo que botar titulares em campo.

Bola alta na área santista era um drama, basta dizer que assim nasceram os dois gols, nas duas únicas finalizações baianas, e quase nasceu o terceiro.
Diniz conhece futebol e sua história e por isso sabe que, em 1959, o Santos já tinha sido surpreendido por clube baiano, o Bahia, que lhe tomou a primeira Taça Brasil.
Pois hoje correu o risco de nova surpresa na cidade de Juazeiro, a do gênio João Gilberto.
O Juazeiro terminou o jogo com 300 atacantes, mas não deu.
Se desse, o Santos teria dificuldade em voltar para casa.
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