Futebol masculino olímpico do Brasil: a sétima medalha pode ser a segunda de ouro

O Brasil voltará a campo no sábado, às 8h30, para ganhar sua sétima medalha olímpica. Resta saber se será a segunda seguida de ouro ou a quarta de prata e contra quem, se Espanha ou Japão, o que se saberá logo mais.

Não foi fácil vencer os mexicanos, algozes da final em Londres-12.
Para variar, a seleção brasileira envolveu os rivais, mas finalizou pouco e quando o fez o veterano goleiro Ochoa, 36, não teve maiores dificuldades para defender.
Em começo de jogo disputado em alta velocidade, os brasileiros dominaram e os mexicanos tiveram, já no fim do primeiro tempo, as duas melhores oportunidades, insuficientes para tirar o zero do placar.

A terça-feira brasileira estava excelente para o esporte nacional com o bronze nos 400m com barreiras de Alison Santos, logo aos 20 minutos deste 3 de agosto, com o bicampeonato da dupla das iatistas Martine Grael e Kahena Kunze, aos 50, a tranquila vitória do vôlei masculino sobre o Japão por 3 a 0, para pegar a Rússia nas semifinais e o triunfo da pugilista Bia Ferreira, com bronze já garantido.

O bicampeonato olímpico do futebol, no entanto, estava complicado.
O segundo tempo seguiu igual, com a seleção brasileira arame liso e envolvente e a mexicana apostando nos pênaltis e já menos aguda nos contra-golpes.
André Jardine resolveu trocar Paulinho, que substituía o lesionado artilheiro Matheus Cunha, por Martinelli, aos 66 minutos e, aos 72', Claudinho por Reinier.
Mas a seleção não atava nem desatava, e o assoprador de apito búlgaro perdia o controle do jogo, com o tempo ameaçando fechar à medida que o tempo passava na disputa entre os dois últimos campeões olímpicos.
Enfim, aos 82', Richarlison cabeceou na trave mexicana, na primeira grande chance de gol de todo o segundo tempo que marchava célere para a prorrogação.
Malcon no lugar de Antony, para disputá-la , foi a terceira providência de Jardine em busca do gol, mais distante que Brasília da Cidade do México.
Aos 115', Matheus Henrique substituiu Douglas Luiz.
Mas a prorrogação foi igual ao jogo: o Brasil rondando a área e não finalizando. Daí, vieram os pênaltis, quando não tem jeito, tem de chutar.
Daniel Alves foi o primeiro e fez 1 a 0, mas Ochoa tocou na bola.
Santos pegou a cobrança mexicana! 1 a 0.
Martinelli encheu o pé e fez 2 a 0.
O México bateu o segundo na parte de fora da trave. 2 a 0.
Bruno Guimarães fez 3 a 0.
O México diminuiu, 1 a 3.
Reinier bateu e classificou o Brasil.
Diga-se que com justiça para quem quis vencer.
No Rio-16, o goleiro era Weverton, do Atlético Paranaense. Agora é Santos, do Athletico Paranaense.
Sobre o Autor
Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/