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Blog do Juca Kfouri

Futebol masculino olímpico do Brasil: a sétima medalha pode ser a segunda de ouro

Juca Kfouri

03/08/2021 07h41

O Brasil voltará a campo no sábado, às 8h30, para ganhar sua sétima medalha olímpica. Resta saber se será a segunda seguida de ouro ou a quarta de prata e contra quem, se Espanha ou Japão, o que se saberá logo mais.

Não foi fácil vencer os mexicanos, algozes da final em Londres-12.

Para variar, a seleção brasileira envolveu os rivais, mas finalizou pouco e quando o fez o veterano goleiro Ochoa, 36, não teve maiores dificuldades para defender.

Em começo de jogo disputado em alta velocidade, os brasileiros dominaram e os mexicanos tiveram, já no fim do primeiro tempo, as duas melhores oportunidades, insuficientes para tirar o zero do placar.

A terça-feira brasileira estava excelente para o esporte nacional com o bronze nos 400m com barreiras de Alison Santos, logo aos 20 minutos deste 3 de agosto, com o bicampeonato da dupla das iatistas Martine Grael e Kahena Kunze, aos 50, a tranquila vitória do vôlei masculino sobre o Japão por 3 a 0, para pegar a Rússia nas semifinais e o triunfo da pugilista Bia Ferreira, com bronze já garantido.

O bicampeonato olímpico do futebol, no entanto, estava complicado.

O segundo tempo seguiu igual, com a seleção brasileira arame liso e envolvente e a mexicana apostando nos pênaltis e já menos aguda nos contra-golpes.

André Jardine resolveu trocar Paulinho, que substituía o lesionado artilheiro Matheus Cunha, por Martinelli, aos 66 minutos e, aos 72', Claudinho por Reinier.

Mas a seleção não atava nem desatava, e o assoprador de apito búlgaro perdia o controle do jogo, com o tempo ameaçando fechar à medida que o tempo passava na disputa entre os dois últimos campeões olímpicos.

Enfim, aos 82', Richarlison cabeceou na trave mexicana, na primeira grande chance de gol de todo o segundo tempo que marchava célere para a prorrogação.

Malcon no lugar de Antony, para disputá-la , foi a terceira providência de Jardine em busca do gol, mais distante que Brasília da Cidade do México.

Aos 115', Matheus Henrique substituiu Douglas Luiz.

Mas a prorrogação foi igual ao jogo: o Brasil rondando a área e não finalizando. Daí, vieram os pênaltis, quando não tem jeito, tem de chutar.

Daniel Alves foi o primeiro e fez 1 a 0, mas Ochoa tocou na bola.

Santos pegou a cobrança mexicana! 1 a 0.

Martinelli encheu o pé e fez 2 a 0.

O México bateu o segundo na parte de fora da trave. 2 a 0.

Bruno Guimarães fez 3 a 0.

O México diminuiu, 1 a 3.

Reinier bateu e classificou o Brasil.

Diga-se que com justiça para quem quis vencer.

No Rio-16, o goleiro era Weverton, do Atlético Paranaense. Agora é Santos, do Athletico Paranaense.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/