Enfim, Bastos se vinga de Del Nero

Em nota com dez pontos em que tenta explicar o inexplicável moral e eticamente, o fato de ter recebido mais de um milhão de reais da CBF no último ano como assessor da entidade, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, finalmente, se vinga de Marco Polo Del Nero pela traição de 18 anos atrás.
Explique-se: quando, em 2003, Eduardo José Farah resolveu sair da FPF que presidiu por 15 anos, tinha como vice-presidentes Del Nero e Bastos.
Combinou-se que Bastos o sucederia, embora o direito fosse de Del Nero, por ser mais velho.
No dia da transmissão do cargo, com o argumento de que sua família havia decidido que ele deveria "honrar as calças que veste", Del Nero rompeu o acordo e assumiu a FPF, onde permaneceu até substituir José Maria Marin na CBF.
Bastos, então, o sucedeu na federação, jogou com ele o jogo da hipocrisia e do cinismo, embora sempre com críticas ferinas nos bastidores e em off.
Agora, pego com a boca na grande mamadeira da CBF, Bastos vai à forra no oitavo ponto de sua nota vergonhosa:
"8- Curioso também perceber que os questionamentos sobre minha conduta ética partam de dirigentes liderados por um ex-presidente banido do futebol".
Quando brigam as comadres descobrem-se as verdades.
E, não é novidade, eles se merecem.
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