Athletico se classifica com sofrimento

O futebol gosta de fazer maldades.
O Atlético Goianiense precisava ganhar do xará Paranaense e tratou de marcar sob pressão.
Ao Furacão bastava o empate, porque venceu em casa, por 2 a 1, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
E assim iam levando os dois Atléticos em Goiânia o primeiro tempo modorrento, sem nenhuma emoção, até que, aos 44 minutos, Nikão desceu pela direita e achou Christian na entrada da área para arrematar seco e colocado e botar os paranaenses na frente: 1 a 0.
No segundo tempo só restava aos goianos irem à frente, eles foram e logo obtiveram um pênalti que Zé Roberto converteu: 1 a 1, aos 10', com correto auxílio do VAR porque o assoprador de apito não dera a penalidade cometida sobre o próprio Zé Roberto.

Doze minutos depois, no entanto, com o Furacão despertado pela ameaça e em busca do gol, não foi necessário o VAR para que novo pênalti fosse assinalado, para os visitantes.
Nikão bateu colocado e rasteiro, mas Fernando Miguel defendeu. Em vão, porque, aí sim, o VAR interveio para determinar nova cobrança, pois o goleiro se adiantara.
Kayser resolveu assumir a responsabilidade e deu uma bomba no meio do gol para fazer 2 a 1.
O Furacão, então, mordido pelo Dragão, não se acomodou.

E o mesmo Renato Kayser, aos 38', numa trama dentro da área goiana, marcou o 3 a 1, para consolidar a vaga nas quartas de final, mas o VAR anulou.
O resultado do jogo ficou sob suspense até o fim porque, aos 51', Lucão cabeceou, o goleiro Bento deu rebote e Éder empatou, com ainda cinco minutos a serem disputados.
Na verdade, o jogo acabou indo até os 60 minutos, com Fernando Miguel na área paranaense para tentar uma cabeçada salvadora.
O Athletico sofreu, mas obteve o resultado que bastava e parte em busca do bicampeonato da Copa do Brasil.
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