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Blog do Juca Kfouri

Verdão forte e insaciável

Juca Kfouri

10/07/2021 17h29

O Santos estava insinuante, duas vezes tinha ido à linha de fundo com perigo, o Palmeiras, quando descia, descia forte e, aos 18 minutos, cobrou escanteio com ele, Gustavo Scarpa, para Gustavo Gómez se aproveitar da saída em falso do goleiro João Paulo e fazer 1 a 0.

Eficácia, sinônimo de Verdão.

Que desceu de novo três minutos depois e em disputa pelo alto a bola foi de Raphael Veiga para Breno Lopes, o herói da Libertadores, para ele bater cruzado e ampliar: 2 a 0.

Em 21 minutos o Palmeiras praticamente liquidava o clássico com firmeza, autoridade e futebol convincente.

Exigir mais do Santos na casa do rival seria até covardia, tamanha a diferença dos talentos em campo.

O segundo tempo sem que o Santos incomodasse, mesmo com Carlos Sanchez em campo no lugar de Jean Mota, e cada vez que o líder do Brasileirão descia era um deus nos acuda.

Pensando na Libertadores, Scarpa e Veiga foram descansar já aos 17', com Patrick de Paula e Wesley em seus lugares.

Com elenco farto, o Palmeiras administrava o jogo e a temporada com competência.

Um pênalti sem o menor sentido de Marcos Rocha em Sánchez, aos 22', valeu o 1 a 2, cobrado pelo ótimo uruguaio.

O Palmeiras respondeu imediatamente, mas João Paulo se redimiu ao salvar o terceiro gol de Deyverson.

O que parecia resolvido ficou foi divertido e quando Willian entrou aos 30', no lugar de Breno Lopes, não foi para administrar, mas para tentar, de fato, liquidar o jogo.

Coisa que Willian fez, para variar, apenas oito minutos depois, ao enfiar na rede a bola desviada por Deyverson.

E sabe quem entrou aos 42', no lugar de Deyverson?

Dudu!

O Verdão enrijece a musculatura para ser mais uma vez campeão.

Mayke também entrou no lugar de Marcos Rocha e, a exemplo do substituído, imediatamente fez pênalti absurdo em Marinho que, aos 45', fez o 2 a 3.

Ou seja: o clássico não queria acabar.

Até porque faz parte da história do jogo ser cheio de gols.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/