Verdão forte e insaciável
O Santos estava insinuante, duas vezes tinha ido à linha de fundo com perigo, o Palmeiras, quando descia, descia forte e, aos 18 minutos, cobrou escanteio com ele, Gustavo Scarpa, para Gustavo Gómez se aproveitar da saída em falso do goleiro João Paulo e fazer 1 a 0.
Eficácia, sinônimo de Verdão.
Que desceu de novo três minutos depois e em disputa pelo alto a bola foi de Raphael Veiga para Breno Lopes, o herói da Libertadores, para ele bater cruzado e ampliar: 2 a 0.
Em 21 minutos o Palmeiras praticamente liquidava o clássico com firmeza, autoridade e futebol convincente.
Exigir mais do Santos na casa do rival seria até covardia, tamanha a diferença dos talentos em campo.
O segundo tempo sem que o Santos incomodasse, mesmo com Carlos Sanchez em campo no lugar de Jean Mota, e cada vez que o líder do Brasileirão descia era um deus nos acuda.
Pensando na Libertadores, Scarpa e Veiga foram descansar já aos 17', com Patrick de Paula e Wesley em seus lugares.
Com elenco farto, o Palmeiras administrava o jogo e a temporada com competência.
Um pênalti sem o menor sentido de Marcos Rocha em Sánchez, aos 22', valeu o 1 a 2, cobrado pelo ótimo uruguaio.
O Palmeiras respondeu imediatamente, mas João Paulo se redimiu ao salvar o terceiro gol de Deyverson.
O que parecia resolvido ficou foi divertido e quando Willian entrou aos 30', no lugar de Breno Lopes, não foi para administrar, mas para tentar, de fato, liquidar o jogo.
Coisa que Willian fez, para variar, apenas oito minutos depois, ao enfiar na rede a bola desviada por Deyverson.
E sabe quem entrou aos 42', no lugar de Deyverson?
Dudu!
O Verdão enrijece a musculatura para ser mais uma vez campeão.
Mayke também entrou no lugar de Marcos Rocha e, a exemplo do substituído, imediatamente fez pênalti absurdo em Marinho que, aos 45', fez o 2 a 3.
Ou seja: o clássico não queria acabar.
Até porque faz parte da história do jogo ser cheio de gols.
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