VAR decide o Choque-Rei contra o São Paulo
Se o primeiro tempo no Morumbi fosse uma luta de boxe, o São Paulo teria vencido o Palmeiras por pequena margem de pontos, embora Tiago Volpi tenha feito duas defesas difíceis e Weverton apenas uma e fácil.
E se não tivesse VAR o Tricolor teria um pênalti de Gustavo Gomes em Marquinhos que o assoprador assinalou e a ferramenta o fez mudar de opinião, depois de falha grotesca de Felipe Melo.
O São Paulo foi mais insinuante e seu jogo coletivo suplantou as individualidades mais decisivas do Verdão.
O menino Marquinhos não apenas não se intimidou com Felipe Melo como, ao contrário, logo de cara deu-lhe uma pegada para mostrar que não teme cara feia.
Nem Gustavo Scarpa nem Raphael Veiga nem muito menos Zé Rafael jogavam bem
E o quarteto de garotos do meio de campo são-paulino, Liziero Rodrigo Nestor, Igor Gomes e Gabriel Sara, desenvolvia dinâmica incessante, marcava e criava melhor.
Mas o 0 a 0 não saiu do placar em Choque-Rei bastante agradável.
Abel Ferreira em busca de sua primeira vitória em seu 5º clássico, não esperou muito para mexer no segundo tempo que seguia igual ao primeiro e trocou Scarpa e Wesley por Gabriel Veron e Breno Lopes, logo aos 12 minutos.
E, para variar, ao mesmo tempo, o São Paulo perdeu Marquinhos com lesão muscular e o trocou por Rojas.
Uma pena porque ao contrário dos alviverdes substituídos, o atacante tricolor jogava bem, muito bem.
E não é que Weverton lançou Breno Lopes que só não abriu o placar porque Volpi dividiu a tempo?
De repente, o jogo mergulhou em marasmo surpreendente como se o empate satisfizesse os dois, uma bobagem, porque o São Paulo perdia a chance de vencer jogo reparador da goleada sofrida contra o Flamengo e ruim também para o líder diante da aproximação do Galo e…do Flamengo.
Patrick de Paula e Willian em campo, aos 36', nos lugares de Danilo e Deyverson.
Willian, o Bigode, como se sabe, é terrível.
Hernán Crespo respondeu com Talles e sacou Nestor.
O Palmeiras ainda trocou Veiga por Vitor Luís.
Aí, aos 43', Reinaldo bateu falta na área e Gustavo Gómez cabeceou para o fundo da própria rede: 1 a 0.
Mas o VAR chamou o assoprador de apito que, muito vacilante, acabou por anular o gol porque, de fato, Miranda participou do lance.
Rigoni reclamou da anulação e foi expulso. E faltavam sete minutos…
No mínimo, o São Paulo mostrou ao rival que as quartas da Libertadores não serão mole. E reclamará do VAR por meses.
Além de alimentar a escrita de não perder para o rival há sete jogos e de tê-lo batido na decisão do Paulista.
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