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Blog do Juca Kfouri

O Santos não perdeu, completamente, o rumo do gol

Juca Kfouri

28/07/2021 21h09

Contra o Atlético Goianiense o Santos finalizou 29 vezes e perdeu de 1 a 0 na Vila Belmiro.

Então, acertou só duas bolas no gol, as mesmas do adversário, que finalizou 7 vezes e ficou apenas 25% do tempo com a bola.

Hoje, contra a Juazeirense, da Série D, no primeiro tempo, o Santos finalizou 11 vezes, acertou três no gol e seguiu no 0 a 0, apesar de ficar 81% do tempo com a bola e os baianos não terem acertado nenhuma bola entre suas traves, embora quase tenham aberto o placar em erro da defesa santista.

O Santos perdeu o rumo do gol?

Aparentemente era o confronto mais fácil das oitavas de final da Copa do Brasil, mas se complicou, também porque o goleiro Rodrigo Calaça , 40 anos, resolveu fechar o gol nas três ocasiões em que ele precisou intervir.

Fernando Diniz gritava cobras e lagartos à beira do campo porque, com dez minutos do segundo tempo, o panorama não mudava.

Por que os times dirigidos por um treinador que gosta tanto de bom futebol criam tanto e produzem tão pouco?

Culpa do Calaça? Do Fernando Miguel? De quem?

Para piorar, aos 15', quase sai o gol baiano, desses impossíveis de perder, mas perdido.

Menos mal que, dez minutos depois, de cabeça, enfim, no 35º cruzamento santista, Madson fez 1 a 0.

Foram quatro minutos de espera para o VAR confirmar, a metade gasta ontem para validar gol do Grêmio, ainda assim um exagero. E, no inverno, criminoso contra os atletas.

Porteira aberta, Lucas Braga, ampliou, aos 40', depois de o Santos criar outras três chances desperdiçadas de gol.

E antes de o jogo terminar, Marcos Leonardo, nos acréscimos, o Santos matou o jogo.

Sanchez, aos 55', fez 4 a 0.

Mesmo que no interior baiano o Peixe perca tantos gols, a vaga nas quartas está assegurada.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Sobre o Autor

Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.

Colunas na Folha: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jucakfouri/