O Santos não perdeu, completamente, o rumo do gol

Contra o Atlético Goianiense o Santos finalizou 29 vezes e perdeu de 1 a 0 na Vila Belmiro.
Então, acertou só duas bolas no gol, as mesmas do adversário, que finalizou 7 vezes e ficou apenas 25% do tempo com a bola.
Hoje, contra a Juazeirense, da Série D, no primeiro tempo, o Santos finalizou 11 vezes, acertou três no gol e seguiu no 0 a 0, apesar de ficar 81% do tempo com a bola e os baianos não terem acertado nenhuma bola entre suas traves, embora quase tenham aberto o placar em erro da defesa santista.
O Santos perdeu o rumo do gol?
Aparentemente era o confronto mais fácil das oitavas de final da Copa do Brasil, mas se complicou, também porque o goleiro Rodrigo Calaça , 40 anos, resolveu fechar o gol nas três ocasiões em que ele precisou intervir.

Fernando Diniz gritava cobras e lagartos à beira do campo porque, com dez minutos do segundo tempo, o panorama não mudava.
Por que os times dirigidos por um treinador que gosta tanto de bom futebol criam tanto e produzem tão pouco?
Culpa do Calaça? Do Fernando Miguel? De quem?
Para piorar, aos 15', quase sai o gol baiano, desses impossíveis de perder, mas perdido.
Menos mal que, dez minutos depois, de cabeça, enfim, no 35º cruzamento santista, Madson fez 1 a 0.
Foram quatro minutos de espera para o VAR confirmar, a metade gasta ontem para validar gol do Grêmio, ainda assim um exagero. E, no inverno, criminoso contra os atletas.
Porteira aberta, Lucas Braga, ampliou, aos 40', depois de o Santos criar outras três chances desperdiçadas de gol.

E antes de o jogo terminar, Marcos Leonardo, nos acréscimos, o Santos matou o jogo.
Sanchez, aos 55', fez 4 a 0.
Mesmo que no interior baiano o Peixe perca tantos gols, a vaga nas quartas está assegurada.
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